Promotor da Lava Jato peruana pede prisão preventiva de Keiko Fujimori

O procurador José Domingo Pérez pediu à Quarta Vara do Crime Organizado “que seja revogado o comparecimento com restrições (liberdade condicional) e seja emitida a prisão...

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Por Agência Estado

Um procurador da equipe especial da Lava Jato peruana pediu nesta quinta-feira, 10, a prisão preventiva da candidata direitista Keiko Fujimori, por ter se reunido indevidamente com uma testemunha do caso Odebrecht, enquanto o resultado da eleição presidencial de domingo (6) continua em aberto.

O procurador José Domingo Pérez pediu à Quarta Vara do Crime Organizado “que seja revogado o comparecimento com restrições (liberdade condicional) e seja emitida a prisão preventiva contra a candidata Keiko Fujimori Higuchi”, que disputa a presidência do Peru contra o candidato de esquerda Pedro Castillo, que tem uma leve vantagem na apuração dos votos.

“Se determinou novamente que a acusada Fujimori Higuchi cumpra a determinação de não se comunicar com testemunhas; e se tornou público e notório que ela se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales”, afirmou o procurador.

Na entrevista coletiva que Keiko concedeu na quarta-feira, 9, quando anunciou que pediria a revisão de 802 atas de votação – o que representa cerca de 200 mil votos -, a candidata do partido Força Popular apareceu ao lado de Miguel Torres Morales.

Segundo pessoas próximas à campanha de Keiko, Morales se tornou um porta-voz da campanha desde que a candidata passou para o segundo turno e a acompanhou em diversos atos políticos.

Keiko é investigada por receber dinheiro ilegal da construtora brasileira Odebrecht para as campanhas de 2011 e 2016, mas nega as acusações. Como não foi condenada, Keiko pode se candidatar. Se não vencer as eleições, Keiko pode ser julgada. Caso vença, o seu processo fica congelado até que ela deixe o cargo. Filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko ficou em prisão preventiva por 1 ano e 4 meses em 2020.

Voto a voto

Keiko disputa a eleição presidencial com o candidato de esquerda Pedro Castillo, que aparece na frente. Às 22h18 desta quarta-feira (pelo horário de Brasília) Castillo aparecia com vantagem de cerca de 75 mil votos, com 99,004% das atas eleitorais contabilizadas, informou o órgão oficial eleitoral do país (Onpe). O esquerdista tinha 50,212% dos votos, e Keiko 49,788%.

Ao pedir a anulação de 200 mil votos, a campanha de Keiko alegou irregularidades e indícios de fraude. A própria candidata havia dito, no começo da semana, que teria vídeos para provar as acusações. Observadores internacionais até agora dizem que o processo eleitoral ocorreu normalmente. Castillo falou em vitória na quarta-feira e recebeu uma série de congratulações ao longo do dia. (Com agências internacionais).

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