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Imagem referente a Paraná vai expandir produção do fio da seda
CASCAVEL/PR - 16-02-2011 - Sericicultura - Bicho da Seda - Plantação de amora e produção de Bicho da Seda em casulos no Municipio de Nova Aurora, Oeste do Paraná. - Foto Jonas Oliveira

Paraná vai expandir produção do fio da seda

O projeto pode incluir a entrada de 500 novas famílias de produtores, prioritariamente de municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)....

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Por Fábio Wronski

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Imagem referente a Paraná vai expandir produção do fio da seda
CASCAVEL/PR - 16-02-2011 - Sericicultura - Bicho da Seda - Plantação de amora e produção de Bicho da Seda em casulos no Municipio de Nova Aurora, Oeste do Paraná. - Foto Jonas Oliveira

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento vai estimular o crescimento da produção de seda no Paraná, com possibilidade de expandir a atividade em pelo menos 20%. O projeto pode incluir a entrada de 500 novas famílias de produtores, prioritariamente de municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O secretário Norberto Ortigara disse que o projeto atende a uma determinação do governador Carlos Massa Ratinho Júnior, após sua participação, durante o mês de novembro, do Festival da Seda realizado em Lyon, na França, onde a seda paranaense foi considerada a melhor do mundo. Ortigara reuniu na segunda-feira (16) os representantes da cadeia produtiva da seda, em seu gabinete, para discutir expansão da atividade.

Ele afirmou que o projeto de expansão da seda se enquadra nas prioridades do Governo do Estado em estimular a geração de renda a partir da pequena propriedade familiar. Atualmente há dois gargalos para esse crescimento que é a produção de mudas e a ampliação da mecanização da atividade.

Na reunião com produtores foi discutida a organização de um projeto de produção de mudas de amoreira, planta que alimenta as larvas do bicho da seda, que produzem o fio. Para sustentar esse crescimento a demanda prevista é para cerca de 80 hectares com produção de mudas.

Outro entrave está na ampliação da mecanização para o produtor chegar ao nível do que é praticado hoje numa propriedade de referência, disse a representante da Associação Brasileira da Seda (Abraseda), Renata Amano. Segundo ela, a mecanização é fundamental para ser competitivo e produzir uma seda de qualidade.

FINANCIAMENTO E CAPACITAÇÃO – “Precisamos de parceiros para produzir mudas de amoreira de qualidade”, disse Ortigara. “Com a entrada do Banco do Agricultor em operação, nos próximos meses, podemos ajudar o setor com financiamentos a juros mais baratos que o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e também temos recursos já aprovados pela Assembleia Legislativa para fortalecer algumas atividades da agricultura familiar e a seda é uma delas”, acrescentou. Mas antes disso, é necessário ter clareza de como faremos para estimular a introdução de novas famílias na produção de seda do Estado, frisou Ortigara.

O presidente da Câmara Técnica da Seda, Oswaldo de Pádua, defendeu a inclusão da seda como prioridade de Governo, pela sua importância social, econômica e ambiental. “O apelo que a atividade agrega de cuidar do meio ambiente é muito forte, o que nos favorece na busca de financiamentos internacionais”, destacou.

A Emater deverá colocar, ao menos, 15 unidades de referência a mais para ampliar a capacitação de produtores, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Vale da Ribeira, que devem entrar no mapa da produção. Atualmente a instituição trabalha com 25 unidades de referência.

Segundo o presidente da Emater, Natalino Avance de Souza, o produtor vai receber treinamento técnico necessário nessas unidades de referência.

PRODUÇÃO – O Paraná é o maior produtor de fio de seda do País, responsável por 84% da produção nacional com um volume anual de 2.533 toneladas de casulos verdes. A produção brasileira é de 3.008 toneladas de casulos na safra 2018/19. Os fios de seda brasileiros são da mais alta qualidade, motivo pelo qual são procurados por indústrias de fiação da Europa e da Ásia.

No Paraná, são mais de 4 mil hectares plantados com amoreiras, com cerca de 2.310 famílias na atividade, que está presente em 174 municípios. Estima-se que o setor gere 8 mil empregos diretos e indiretos.

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