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Segundo Ministério Público, principal investigado na Operação Metástase afirmou ter imóvel de R$ 40 milhões em Cascavel

A afirmação foi flagrada em um grampo telefônico durante uma conversa de Valdecir Miester e o cunhado...

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Por Fábio Wronski

Desde a semana passada, quarta-feira (05), algumas informações relacionadas a Operação Metástase, a qual foi desencadeada pelo Ministério Público do Paraná, em ação conjunta com o Gepatria de Umuarama e o Gaeco de Cascavel, têm dado mais clareza a investigação do caso.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e 62 de busca e apreensão, sendo que o prejuízo aos cofres públicos pode ter chegado a R$ 19 milhões.

Estes detalhes vieram à tona, após o Ministério Público solicitar o indeferimento do relaxamento da prisão do principal investigado, Valdecir Miester, que buscava a prisão domiciliar.

Nas alegações, o promotor destacou o risco de reiteração criminosa de Miester e de seus asseclas contra os cofres públicos, sendo que a prática de possíveis delitos pôde ser deduzida, de maneira ainda mais robusta, em um diálogo interceptado pelo MP no dia 26/05/2020, por volta das 21h27.

A ligação citada no documento, entre Mister e o cunhado, Antenor dos Santos, irmão da representada Vani, teria durado aproximadamente uma hora e meia.

Conforme o MP, em abreviada síntese, Miester exaltou, entre outros aspectos, o seu poderio financeiro, tendo imóveis em Cascavel, sendo que acabou citando, inclusive, um terreno de R$ 40 milhões próximo ao Shopping JL, e outros em Boa Vista da Aparecida, Brasília, Planaltina.

Em relação à continuidade das ações criminosas, Miester destacou supostas várias parcerias com prefeitos da região, relatado que já teria pegado quase que R$ 2.500.000,00 em obras e que ainda iria pegar outros R$ 2.500.000,00 em ações futuras.

O MP também cita no documento que, durante esta ligação com o cunhado, Miester teria relatado nas movimentações acaba ajudando “os caras” dando 7 a 8% dos valores arrecadados, entretanto recebe preço cheio durante as supostas execuções.

Além disto, durante a mesma ligação, acaba deixando explícita a intenção em se candidatar a deputado federal, afirmando que se elegeria com a compra de votos.

Desde 2020, a organização criminosa é investigada por supostas práticas dos crimes de peculato e falsidade ideológica, a partir de desvios na área da saúde no Município de Umuarama, além de fraudes em licitações, fraudes em contratações diretas, superfaturamentos e corrupção ativa e passiva.

Na averiguação destes documentos, a CGN conseguiu identificar que o Ministério Público também realiza investigações contra o ex-deputado, Alfredo Kaefer, como possível beneficiário de esquema.

Além disto, que Valdecir Miester, quando positivou para a Covid-19 e estava em período de isolamento, viajou de Brasília a Cascavel, também realizando compras no comércio cascavelense.

Miester segue preso em Brasília, sendo que as investigações sobre o caso estão sendo realizadas de forma contínua, através da análise dos documentos apreendidos nos 62 mandados de busca e apreensão realizados em Umuarama, Boa Vista da Aparecida e Cascavel.

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