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Nova Ferroeste: Toledo mobiliza sociedade na busca de inclusão de terminal no município

O projeto logístico e as vantagens do novo modal foi apresentado a representantes de entidades organizadas, lideranças políticas e empresários nesta quarta-feira (28)....

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Por Luiz Oliveira

Os modais de transporte são essenciais para o desenvolvimento econômico. Em função do anúncio de investimentos na Nova Ferroeste, com extensão até Maracaju, no Mato Grosso do Sul, Toledo organizou um encontro para apresentar as potencialidades e aproveitar melhor o traçado da nova ferrovia que passará pela região.

O projeto logístico e as vantagens do novo modal foi apresentado a representantes de entidades organizadas, lideranças políticas e empresários nesta quarta-feira (28).

O prefeito Beto Lunitti abriu o encontro recepcionando os convidados, entre eles o secretário estadual da Administração e da Previdência (Seap), deputado licenciado Marcel Micheletto, e o presidente da Ferroeste, André Gonçalves, o coordenador da de Concessões e Parcerias Público Privadas da Secretaria Estadual de Planejamento, Luiz Henrique Fagundes, e o prefeito de Assis Chateaubriand, Valter Souza Correa.

De acordo com Lunitti, o momento é histórico para o oeste do Paraná por oferecer subsídios e dados para colocar a região no mapa logístico ferroviário brasileiro. “Isso requer dedicação, harmonização política para avançarmos no desenvolvimento econômico dos nossos municípios”.

Beto reforçou a necessidade de unir essas forças em prol de ampliar os modais de transporte, oferecendo formas mais rápidas e modernas de deslocamento de cargas, gerando retorno econômico para a microrregião. “Vamos trabalhar para demonstrar a relevância de um terminal de transbordo. Temos grandes empreendimentos, o setor produtivo é muito forte.

As discussões realizadas aqui hoje servirão de embasamento para o convencimento aos investidores que aqui a ferrovia trará retorno, temos o ambiente propício”, frisou.

Entre as lideranças estaduais e locais a viabilidade da implantação de um terminal de transbordo é bastante clara. A unidade das diversas cooperativas e empresas, além da sociedade organizada por meio de instituições representativas, já demonstraram a importância de aproveitar melhor a estrutura ferroviária que vai passar pela microrregião.

O secretário estadual, Marcel Micheletto, citou a maturidade apresentada ao estado durante as discussões sobre o modelo de exploração do pedágio. “A minha ida ao governo foi para tratativas de assuntos estratégicos para o oeste. Não tem nenhum lugar nesse país que irá crescer tanto no Brasil quanto nossa microrregião”, frisou. 

O vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, destacou a unidade e a liderança toledana em questões que envolvem o desenvolvimento econômico. “É possível fazer uma política diferente e é o que estamos promovendo, uma política de unidade, de soma”.

Dorfschmidt ainda destacou a presença dos vereadores, em especial o presidente da Câmara de Toledo Leoclides Bisognin. “Vocês estarão no Legislativo e aprovarão os projetos que proporcionarão mais este benefício. Quem dá a legalidade são vocês”, frisou. 

Viabilidade técnica

Segundo dados apresentados pelo o coordenador de Concessões e Parcerias Público Privadas da Secretaria Estadual de Planejamento, Luiz Henrique Fagundes, a Nova Ferroeste vai beneficiar nove milhões de pessoas, do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, impactando 425 cidades no Brasil, 114 no Paraguai e 38 na Argentina.

A expectativa de redução no custo logístico é de U$ 13,00 por tonelada com o transporte pela rodovia. “Trouxe essas informações porque vocês precisam ser nossos parceiros. São estes dados que demonstram a importância da construção. Queremos chegar nas audiências públicas e ver o oeste defender a proposta. A organização de vocês, aqui motivada pelo prefeito Beto Lunitti, demonstra o pioneirismo e o empreendedorismo. Orgulho de ter a chance de ouvir e aprender com vocês”.

Aproveitar esse modal de forma abrangente foi o mote da reunião. Um dos representantes da BRF, o diretor da Unidade de Toledo, Fábio Loch, destacou a importância do encontro. “É um momento extraordinário e temos que agradecer ao  [prefeito] Beto Lunitti por proporcionar essa discussão”.

O diretor de Agropecuária Regional da empresa, Vilto Meurer, destacou o potencial e a vocação da região para o agronegócio. “Toledo é uma das principais unidades e vamos aumentar a demanda de ração, com aumento da escala de produção, pois a demanda por proteína cresce. A organização da classe política aqui tem sido exemplo para outras regiões.

Estamos pensando no futuro, não só desta gestão, mas de um legado para daqui duas ou três décadas. A região merece essa estrutura de transbordo, vai acelerar o crescimento da região. Toda a energia seja colocada nesse assunto, isso muda muito a velocidade de projeção do futuro do agronegócio”, disse. 

O presidente da Prati Donaduzzi, Eder Mafissoni, agradeceu a oportunidade de participar do evento. Segundo ele, Toledo se destaca nos negócios, não somente no agronegócio. Segundo Mafissoni, o Brasil tem aproximadamente 120 laboratórios que produzem medicamentos genéricos e a Prati é responsável por 20% deste volume. “Nos consolidamos neste segmento.

O Brasil consome 50 bilhões de doses de genéricos todos os anos. Nosso plano de crescimento está calcado no mercado internacional e já exportamos nutracêuticos para os Estados Unidos, mas temos uma pretensão ainda maior: queremos ser referência em nível global em medicamentos genéricos. Já para o ano que vem, buscaremos ser o primeiro laboratório brasileiro a ter uma certificação FDA (Food and Drug Administration) para exportação de medicamentos genéricos.

Nosso plano é exportar para os EUA já a partir dos próximos anos e em médio prazo, cinco anos aproximadamente, queremos chegar a mais de 50 países”. 

Ainda se manifestaram favoráveis o representante da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Claudenir Machado, a representante do Conselho de Desenvolvimento de Toledo e da CACIOPAR, Anaide Holzbach de Araújo e o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Rainer Zielasko.

Todas as informações coletadas serão incluídas no estudo técnico em prol da ferrovia e seu impacto. “Tudo que nos foi passado demonstra o quanto vocês precisam de uma logística eficiente.

Nossa obrigação agora, enquanto grupo de trabalho, é reunir todas essas informações de forma documental e apresentarmos junto aos investidores e eles conhecerão as potencialidades. Quantas vezes for necessário estaremos aqui para aprofundar essa discussão”, finalizou o presidente da Ferroeste, André Gonçalves. 

À tarde foi reservada para visita a duas estruturas. A comitiva visitou o canteiro de obras da Frimesa, em Assis Chateaubriand, e do Biopark, em Toledo.

Fonte: Toledo News.

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