Dólar recua a R$ 4,09 sob influência de S&P e relatos sobre acordo EUA/China

“O presidente dos EUA, Donald Trump colocou a cereja no bolo”, disse Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus, referindo-se ao tuíte de Trump de que o país...

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Por Agência Estado

O dólar oscilou ao sabor de boas notícias internas e externas no pregão desta quinta-feira, 12, deixando o real se valorizar. No fechamento, a cotação desceu a R$ 4,0935 (-0,62%), bem próxima do menor nível desde 7 de novembro passado (R$ 4,0930). A divisa americana abriu em baixa, refletindo as expectativas mais positivas para o Brasil, com a mudança de perspectiva de ‘neutra’ para ‘positiva’ para a nota de crédito soberana anunciada pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings na noite de ontem. Depois, a queda foi acentuada com notícias sobre possível apaziguamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

“O presidente dos EUA, Donald Trump colocou a cereja no bolo”, disse Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus, referindo-se ao tuíte de Trump de que o país está chegando muito perto de um grande acordo comercial com a China, na manhã de hoje. Já quase ao final da sessão do mercado à vista, notícia da TV Bloomberg de que um acordo comercial, em princípio, estaria aguardando a assinatura do presidente americano, levou o dólar à mínima do dia em R$ 4,0858.

Segundo fontes citadas pela Dow Jones Newswires, os EUA podem cortar até 50% nas tarifas sobre US$ 360 bilhões em produtos chineses, além de cancelar uma nova rodada de tarifas previstas para entrar em vigor neste domingo, dia 15. O estrategista-chefe ressalta, entretanto, que, se essa notícia não for confirmada pela Casa Branca de maneira oficial, é possível que a sexta-feira seja um dia de maior estresse, dada toda a instabilidade que traz embutida.

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil chegou a ser negociado na tarde de hoje a 100 pontos, no menor nível desde setembro de 2012, de acordo com cotações da IHS Markit. Ontem, as taxas fecharam em 108 pontos. Pela manhã, o CDS caiu para 103 pontos.

Operadores ressaltam que o movimento reflete a inesperada mudança na perspectiva para o rating. “A S&P inesperadamente revisou a perspectiva para o rating brasileiro, citando progressos na redução do déficit fiscal e melhora no crescimento econômico”, ressaltou, em relatório, o banco Mizuho. Os analistas do banco preveem dólar encerrando 2019 a R$ 4,10 e a R$ 4,00 no próximo ano.

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