Aprovação da reforma da Previdência anima mercado e juros fecham em queda

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou com taxa de 4,50%, na mínima, de 4,537% terça no ajuste. O DI...

Publicado em

Por Agência Estado

A aprovação da reforma da Previdência no Senado, sem desidratação adicional ao texto que passou pela Câmara, reforçou o movimento de desinclinação da curva de juros visto pela manhã desta quarta-feira, com as taxas longas acelerando a queda e renovando mínimas, junto com o dólar que passou a ser negociado na casa dos R$ 4,03, até abaixo disso nas mínimas. Em boa medida o resultado já estava precificado, mas, de todo modo, o mercado vê a conclusão do processo como um divisor de águas a partir do qual a pauta econômica deve destravar e gerar crescimento para o País, atraindo fluxo.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou com taxa de 4,50%, na mínima, de 4,537% terça no ajuste. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 5,46%, de 5,520% e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 6,201% para 6,13%.

Após aprovar na terça o texto principal por 60 a 19, nesta quinta o plenário analisou os destaques à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e concluiu a votação no começo da tarde. Destaques que ameaçavam reduzir a potência fiscal foram retirados e, com isso, foi mantida a perspectiva de economia de R$ 800,3 bilhões em dez anos.

“Tinha muita gente esperando concretizar a reforma da Previdência para trazer fluxo e agora esta ‘novela mexicana’ chegou ao fim”, observou o estrategista de Mercados da Harrison Investimentos, Renan Sujii, acrescentando que agora as atenções se voltam para quais serão os focos do governo e a vontade do Congresso, “que está pautando muito mais do que o Executivo”.

A maior expectativa gira em torno das medidas para fomentar o crescimento. “Esperamos que as autoridades continuem avançando com a agenda de reformas estruturais à medida que buscam melhorar o crescimento sustentado nos próximos anos, encorajando investimentos do setor privado em infraestrutura e a simplificação o regime tributário”, afirmou a vice-presidente da Moody’s e analista sênior para o Brasil, Samar Maziad, em nota para comentar a aprovação da Previdência.

À tarde, o dólar acelerou o ritmo de queda para a casa dos R$ 4,03, carregando junto as taxas, em especial as longas para as mínimas. A moeda fechou o dia em R$ 4,0328 (-1,05%), menor nível desde 21 de agosto. Com isso, houve reforço no movimento de redução de inclinação da curva visto já pela manhã.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile