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Dólar sobe com balança chinesa fraca e cautela antes de Copom e Fed

Para o BC brasileiro a aposta majoritária é de novo corte de 0,50 ponto na Selic, para 4,5% ao ano. Já para o Fed (1,50% a...

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Por Agência Estado

A segunda-feira, 9, começa com o dólar à vista em leve alta, após abertura com viés de baixa, reagindo a dados fracos da balança comercial chinesa em novembro e diante de um compasso de espera pelas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira. O ajuste de alta vem após a queda acumulada de 2,2% na semana passada, quando o dólar à vista fechou em R$ 4,14 na sexta-feira – menor valor em quase um mês.

Para o BC brasileiro a aposta majoritária é de novo corte de 0,50 ponto na Selic, para 4,5% ao ano. Já para o Fed (1,50% a 1,75% ao ano) e o BCE (-0,50%, taxa de depósito), as expectativas são de que podem manter suas taxas inalteradas, de acordo com analistas financeiros.

O encontro do Fed será seguido de entrevista coletiva do seu presidente, Jerome Powell, que poderá enfatizar os riscos de piora para a perspectiva, inclusive a incerteza no comércio global, de acordo com analistas do mercado. No exterior, o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas principais, opera em baixa, enquanto a moeda americana mostra sinais mistos frente divisas emergentes ligadas a commodities.

Internamente, operadores de câmbio dizem que um eventual efeito de saída de estrangeiro por conta de um novo estreitamento do diferencial de juros interno e externo, pode ser compensado nos próximos dias por ingressos de fluxo cambial para a Bolsa e derivados da Oferta Pública Inicial (IPO) de ações da XP Investimentos, nesta quarta-feira na Nasdaq, em Nova York, que pode chegar em até US$ 2,1 bilhões.

Às 9h356, o dólar à vista subia 0,11%, a R$ 4,1514. O dólar para janeiro de 2020 estava em alta de 0,23%, a R$ 4,1545.

Após a alta de 0,60% do PIB no terceiro trimestre, acima da mediana das projeções do mercado (+0,40%), o mercado calibrou suas apostas para a inflação, PIB e câmbio para 2019 e 2020. Na pesquisa Focus, do Banco Central, a alta do PIB de 2019 passou de 0,99% para 1,10% e, para o PIB de 2020, de 2,22% para 2,24%.

O IPCA para dezembro de 2019 passou de 0,48% para 0,70% e, o IPCA para janeiro de 2020, de 0,39% para 0,40%. O IPCA para 2019 passou de 3,52% para 3,84%; e a projeção do IPCA 2019 atualizada nos últimos 5 dias úteis passa de 3,61% para 3,86%. Já o câmbio para fim de 2019 passou de R$ 4,10 para R$ 4,15 e, para fim de 2020, de R$ 4,01 para R$ 4,10. O déficit em c/c estimado para 2019 subiu de US$ 37,00 bi para US$ 44,97 bi e, para 2020, de -US$ 40,00 bi para -US$ 47,50 bi.

Além disso, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,85% em novembro, após um avanço de 0,55% em outubro, divulgou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro (0,30% e 0,96%), com mediana positiva de 0,76%, de acordo com o Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumula uma elevação de 5,85% no ano e de 5,38% em 12 meses.

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