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Imagem referente a Reuso e reaproveitamento de água: uma questão de utilidade pública
Crédito: Agência Brasil/ EBC

Reuso e reaproveitamento de água: uma questão de utilidade pública

Para conselheira do Crea/PR, independente das condições climáticas, mudança de hábitos é emergencial...

Publicado em

Por Fábio Wronski

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Imagem referente a Reuso e reaproveitamento de água: uma questão de utilidade pública
Crédito: Agência Brasil/ EBC

Nos últimos meses, por conta da escassez, a (falta de) água virou o centro das atenções. Desde janeiro, no entanto, os reservatórios voltaram às condições normais e os rodízios já ficaram no passado. Segundo dados do Simepar, a precipitação acumulada em oito pontos diferentes do estado foi de 2.748,6 milímetros (mm), índice 151% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo diante da média histórica, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) viu a necessidade de reforçar importantes questões no sentido de reuso, consciência e sustentabilidade. Nas obras, por exemplo, existem alternativas viáveis e baratas que podem proporcionar a economia de água – mas, de acordo com a Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho, especialista em gestão ambiental e recursos hídricos e conselheira do Crea-PR, Suzely Soares, ainda há um abismo entre o que é oferecido no mercado e o que as pessoas enxergam como solução.

“É de fundamental importância pensar em economia de água em qualquer tipo de obra. Temos observados momentos de seca extrema e isso afeta toda a população. Nesse sentido, o poço artesiano é algo interessante, porém, é um processo que exige documentação, outorga junto ao Estado, responsáveis técnicos e controle de qualidade da água. Não é um processo rápido ou simples. Outra alternativa é o reaproveitamento de água da chuva para toda edificação e não dá para pensar em não ter caixa d’água. O tal ‘vem direto da rua’ não é sustentável em momentos de necessidade, como vimos recentemente, com rodízios e escassez de água”, explica Suzely.

Para os casos de reformas ou adaptações em estruturas já prontas, a sustentabilidade também pode ser abraçada, mas com outros recursos. “Isso pode ser feito de várias formas, como com o uso de calhas e reservatórios para coleta e armazenamento de água da chuva; reaproveitamento da água de lavagem de roupas para lavagem de calçadas e pisos… É fácil de implantar e promove a economia dentro de casa”, completa Suzely.

Poços artesianos
Banalizados por conta do fácil acesso e do amplo uso em todo o País, os poços artesianos são obras de engenharia destinadas à captação subterrânea nos diversos aquíferos, requerendo cuidados e critérios para sua perfuração. Dentre os critérios, estão: análise da área (estudo hidrogeológico), que deverá ser realizada por geólogo para avaliar a viabilidade técnica de acordo com a ABNT; respeito às normas da ABN; devido registro do profissional responsável no Crea com certidão em vigor e profissional habilitado em seu quadro técnico, e exigência de contrato de trabalho.

Além disso, a legislação paranaense exige registro junto ao Instituto Água e Terra, visando a obtenção da respectiva anuência prévia (licença) e posterior outorga de direito de uso da água. No ano passado, após os períodos de longas estiagens, estimativas do Crea-PR indicaram aumento da procura por poços artesianos em 170%. De janeiro a maio, foram 1.049 pedidos de Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs). No mesmo período de 2019, foram 389. A solução pode ser implantada em casas, condomínios ou espaços maiores, como empresas, chácaras e indústrias.

Com o tempo, no entanto, a alternativa que parecia solucionar impasses, se tornou um problema: poços artesianos irregulares contribuíram para a contaminação do lençol freático e/ou dos aquíferos. Diante disso, a instalação de novos poços foi regulamentada de forma mais rígida e, agora, outras soluções podem ser exploradas antes da decisão definitiva pelo poço.

“Temos observados momentos de seca extrema e isso afeta toda a população, mas precisamos entender que a água não é recurso inesgotável e que seu uso sempre deve ser econômico. Devemos ter isso como regra para toda a vida, não apenas em momentos como o que vivemos recentemente”, conclui a Engenheira.

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