Exame de Valdivia é feito em clínica de dirigente do CSA e Avaí levanta suspeita

“Nós fomos avisados durante o intervalo pelo representante da CBF dentro de campo. O correto teria sido uma notificação para o clube, especificamente, para seu departamento...

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Por Agência Estado

O caso de covid-19 de Valdívia, substituído pelo Avaí no intervalo no jogo contra o CSA, neste sábado, no estádio Rei Pelé, em Maceió, está sob suspeita do clube catarinense. O executivo de futebol do Avaí, Marco Aurélio Cunha, apontou erro de procedimento em entrevista coletiva após o empate por 1 a 1 entre times que brigam pelo acesso na Série B – o CSA é o quinto colocado, com 53 pontos, enquanto o Avaí está em sétimo, com 49.

“Nós fomos avisados durante o intervalo pelo representante da CBF dentro de campo. O correto teria sido uma notificação para o clube, especificamente, para seu departamento médico. Esta forma não atende o protocolo da entidade”, reforçou o dirigente, prometendo fazer uma contraprova e apurar o que qualificou de “caso estranho”.

A clínica utilizada na testagem dos jogadores, na manhã deste sábado, visando o confronto com o Juventude, na próxima terça-feira, na Ressacada, foi o LUFER – Laboratório de Análise Clínicas -, conveniada à CBF. A clínica tem como um de seus sócios José Lumário Vasconcelos Rodrigues, superintendente do CSA.

O resultado do teste foi divulgado antes da data prevista pela própria clínica, que seria a próxima segunda-feira. A LUFER ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas tudo leva a crer que ela se sentiu na obrigação de avisar a CBF e, consequentemente, o Avaí por se tratar de uma partida que estava ocorrendo, independentemente do adversário.

A CBF também ainda não se pronunciou sobre o caso envolvendo o meia do Avaí. O clube catarinense ainda está estudando uma maneira de levar Valdívia para Florianópolis e afirmou que o atleta já foi isolado dos demais. Ele fará uma contraprova para confirmar o resultado positivo.

Em entrevista coletiva, logo após o empate por 1 a 1 com o CSA, o técnico do Avaí, Claudinei Oliveira, contestou a velocidade com que o resultado de covid-19 de Valdívia foi entregue e deixou escapar que a clínica em que os testes foram realizados na capital alagoana pertence a um dirigente do CSA.

“Vamos ter que entender o que aconteceu com Valdívia. Não podemos fazer juízo de caráter de ninguém, mas nunca vi sair um resultado tão rápido. Parece que o laboratório utilizado é do vice-presidente do CSA (na verdade, do superintendente). Eles se comprometeram em entregar na segunda e fizeram em tempo recorde, talvez, para nos prejudicar de alguma forma”, disse o treinador.

Claudinei também explicou o passo a passo do que ocorreu neste sábado. “Viemos com o exame que tínhamos feito antes do jogo contra o Vitória, que tinha validade para esta partida. Queríamos fazer a nova testagem nesta noite (sábado) ou no domingo, mas o laboratório afirmou que só conseguiria entregar os resultados se os testes fosses realizados no sábado cedo. Para nossa surpresa, o resultado chegou no intervalo do jogo. Uma pessoa do laboratório se desdobrou para entregar. Devem ter utilizado um motoboy”, ironizou o técnico.

Sobre a substituição de Valdívia no intervalo, o treinador contou. “Tivemos ética de tirar o Valdívia (substituído por Renato). Pensamos na saúde de todos, inclusive, do adversário. De qualquer forma, saímos orgulhosos do que fizemos contra o CSA. Jogamos melhor do que eles e merecíamos a vitória”, finalizou.

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