Bolsa fecha perto dos 109 mil pontos apesar de aversão a risco no exterior

Logo cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a disseminar aversão a risco ao indicar que um acordo comercial entre as duas maiores economias do...

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Por Agência Estado

O Ibovespa fechou o dia bem perto da estabilidade, limitando as perdas observadas mais cedo e acomodando-se um pouco abaixo do limiar de 109 mil, em nova sessão em que se mostrou um tanto resiliente a más notícias que chegaram do exterior, sobre as negociações EUA-China. O principal índice da B3 encerrou o pregão em leve alta de 0,03%, a 108.956,02 pontos, oscilando entre mínima de 108.190,46 e máxima de 109.197,77 pontos ao longo do dia. O giro financeiro foi de R$ 17,4 bilhões. No ano, o Ibovespa acumula ganho de 23,97% e, nas duas primeiras sessões da semana, alta de 0,67%.

Logo cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a disseminar aversão a risco ao indicar que um acordo comercial entre as duas maiores economias do globo não tem prazo para ser alcançado, e pode ficar para depois da eleição de 2020 à Casa Branca. O dia 15 de dezembro segue como a próxima data-chave para o prolongado imbróglio, quando o governo americano promete implementar nova rodada de elevação de tarifas sobre importações da China, caso não haja progresso em direção à fase 1, como é conhecido o entendimento preliminar.

No início da tarde, em Londres, onde participa de reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Trump voltou a tocar no assunto. Sobre as negociações com a China, Trump acrescentou que os EUA estão em um “estágio crítico” das negociações comerciais com o país asiático, as quais, segundo observou, seguem em andamento.

“A reação inicial à tuitada do Trump foi a pior possível, mas o PIB, especialmente o desempenho do agro e da construção, contribuiu para amenizar as perdas em mais um dia ruim no exterior”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae, chamando atenção também para a revisão do produto nos trimestres anteriores, melhorando o desempenho do ano como um todo para a economia brasileira.

Assim, com algum suporte proporcionado pela leitura acima do esperado para o PIB do terceiro trimestre, o Ibovespa conseguiu manter ao longo de toda a sessão variação bem mais comportada do que as observadas em Wall Street. Em dia de perdas também para o dólar DXY, a moeda americana à vista mais uma vez fechou em baixa, de 0,15%, a R$ 4,2056, tendo oscilado entre mínima de R$ 4,1868 e máxima de R$ 4,2153 na sessão. Na semana, o dólar acumula até aqui baixa de 0,83%.

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, destaque para o frigorífico Marfrig (+3,87%), com o setor de carnes ainda impulsionado pela demanda chinesa por proteína animal. A construtora MRV (+7,16%) e nomes do consumo e varejo, como Natura (+1,80%) e Via Varejo (+3,60%), também estiveram entre os bons desempenhos. No lado negativo, a ação da Usiminas fechou em baixa de 0,92%, limitando perdas, e a da Vale, em queda de 1,79%.

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