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No ‘trabalho mais difícil’, Cuca pode igualar Lula, Telê, Autuori e Felipão

Lula e Telê conseguiram os bicampeonatos pelos mesmos clubes e de maneira seguida. Foi, afinal, com Lula no banco de reservas que o Santos faturou a...

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Por Agência Estado

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Com o Santos classificado à final da Copa Libertadores, Cuca tentará, em 30 de janeiro, entrar para um seleto grupo: o de treinadores brasileiros bicampeões continentais. O feito foi alcançado por outros quatro técnicos: Lula, Telê Santana, Paulo Autuori e Luiz Felipe Scolari.

Lula e Telê conseguiram os bicampeonatos pelos mesmos clubes e de maneira seguida. Foi, afinal, com Lula no banco de reservas que o Santos faturou a Libertadores em 1962 e 1963. Três décadas depois, Telê repetiu a marca ao vencer as edições de 1992 e de 1993 pelo São Paulo. Mas perdeu a chance de ser o único técnico brasileiro tricampeão da América no ano seguinte, ao cair na decisão para o Vélez Sarsfield.

Felipão, por sua vez, também esteve perto de ser bicampeão consecutivo da Libertadores por um mesmo clube. Ele venceu o torneio em 1999 pelo Palmeiras, mas no ano seguinte viu o time deixar a taça escapar na disputa de pênaltis contra o Boca Juniors. Mas já havia vencido o torneio outra vez, em 1995, pelo Grêmio.

Assim como Felipão, quem também venceu a Libertadores por dois times diferentes foi Paulo Autuori. A primeira taça do treinador veio em 1997, à frente do Cruzeiro. Oito anos depois, foi campeão pelo São Paulo. É, portanto, um feito parecido ao buscado por Cuca: levantar o troféu por clubes de Minas Gerais e de São Paulo, sem perder decisões.

Cuca estava à frente do Atlético-MG em 2013, quando o time levantou a taça da Libertadores. Agora, no fim de janeiro, terá a chance de repetir o feito pelo Santos, que vai encarar o Palmeiras, dirigido pelo português Abel Ferreira, na decisão agendada para o Maracanã.

O treinador está em sua terceira passagem pelo Santos, tendo assumido um time em grave crise financeira e que chegou a ser visto como candidato ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O recuperou na competição, mesmo a deixando em segundo plano nas últimas semanas – é o nono colocado. E caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Mas decidiu apostar tudo na Libertadores e vem tendo êxito, tendo passado por times badalados, como Grêmio e Boca Juniors, além de não ter perdido fora de casa. E assegura que sempre acreditou na possibilidade de chegar à final. “Falei para o pessoal que tínhamos o Brasileiro para estar entre os oito e que chegaríamos à final da Libertadores. Falei toda vez, me tornei chato”, disse, em entrevista coletiva após os 3 a 0 sobre o Boca.

Questionado se esse é o melhor trabalho da sua carreira, não soube responder, mas foi claro: as dificuldades são. Por isso, fez questão de celebrar a vaga na final. Não é à toa. O Santos ficou proibido de contratar, viu o presidente José Carlos Peres sofrer impeachment e tem atrasos salariais. Pressionou a direção e conseguiu a manutenção de Lucas Veríssimo e Luan Peres para as semifinais e, agora, a decisão da Libertadores.

Em campo, além de contar com o brilho de Soteldo e Marinho, vem ajudando jovens como João Paulo, Lucas Braga a se consolidarem como titulares. “Não sei se é o melhor, tive grandes trabalhos. Aqui a dificuldade é muito maior. Os motivos vocês sabem, mas é muito gratificante entregar ao torcedor uma final de Libertadores. Isso não tem preço, tem valor. É nosso combustível: se entregar ao máximo para tirar o máximo deles e ver o resultado acontecer”, disse.

Até a final da Libertadores, o Santos ainda fará quatro jogos no Brasileirão, com Botafogo (17/01), Fortaleza (21/01), Goiás (24/01) e Atlético-MG (27/01). Mas o foco de Cuca está mesmo no bi do torneio para ele e no tetra para o clube da Vila Belmiro.

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