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Era uma vez o western, nos EUA e na Europa

Difícil não pensar nisso quando o Telecine Cult emenda três filmes, nesta segunda-feira, num horário chamado de Bang-Bang. Serão exibidos A Volta dos Sete Magníficos, às...

Publicado em

Por Agência Estado

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Uma pradaria, um cavalo, um homem. Nos anos 1940 e 50, grandes críticos – franceses, principalmente – diziam que não era preciso mais que isso para celebrar a grandeza do cinema. O western era considerado o gênero norte-americano por excelência pela geração que fez a revolução da nouvelle vague. Os grandes westerners – John Ford, Anthony Mann, Budd Boetticher – eram os autores do cinema puro. E Ford, o Homero dessa nova Odisseia – filmada.

Difícil não pensar nisso quando o Telecine Cult emenda três filmes, nesta segunda-feira, num horário chamado de Bang-Bang. Serão exibidos A Volta dos Sete Magníficos, às 20h15; Da Derrota à Vitória, às 22h; e Adios Sábata, às 23h45. Todos econômicos, com duração média de 105 minutos cada, mas diversos enquanto forma, conteúdo e até procedência. Se o western floresceu em Hollywood, nos anos 1960 instalou-se na Itália e na Espanha como gênero industrial, substituindo as aventuras mitológicas que haviam dado antes o tom de um cinema popular. Com o chamado spaghetti western, a epopeia foi remodelada. Não era mais a celebração da construção da nação – quanto custa levantar uma civilização?, o tema de Ford -, mas algo que tinha mais a ver com o pastiche, a paródia, a própria degradação dos mitos. Nos faroestes macarrônicos, os mocinhos eram meio bandidos, e vice-versa.

Os três programas propõem diferentes abordagens. A Volta dos Sete Magníficos é a sequência de Sete Homens e Um Destino/The Magnificent Seven, com o mesmo Yul Brynner à frente do elenco, mas dessa vez Burt Kennedy substitui John Sturges na direção, e isso faz uma diferença e tanto. Grande roteirista – dos westerns de Budd Boetticher -, Kennedy foi um diretor mediano. Retoma a história de Chris/Brynner, que forma novo grupo de pistoleiros para enfrentar o cruel Lorca/Emílio Fernández, que está barbarizando numa pequena cidade. Vale destacar que o Índio Fernández, como era conhecido, foi um grande diretor que ajudou a construir, com seus filmes fotografados por Gabriel Figueroa, a própria identidade do cinema mexicano. Em Hollywood, só fazia papéis de bandido, o que mostra que as relações com o país vizinho já eram litigiosas muito antes da presidência de Donald Trump.

Da Derrota à Vitória é um pequeno faroeste de 1935, do começo da carreira de John Wayne. Dirige um certo Robert N. Bradbury e na história o jovem Wayne caça os pistoleiros de mataram seus pais e sequestraram seus irmãos. A busca tem algo a ver com a Rastros de Ódio, o clássico de Ford, 21 anos mais tarde. Wayne encontra o irmão integrado ao bando. Apaixonam-se pela mesma mulher. Ele o matará?

Adios Sábata, com direção do italiano Gianfranco Parolini, transforma Chris, isto é, Yul Brynner, num mercenário que precisa resgatar sua honra. Rodado na Europa, o filme é da época que Quentin Tarantino retrata em Era Uma Vez… em Hollywood.

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