Ala de pacientes com trauma no HUOP está sendo desmobilizada para alocar novos leitos de UTI Covid-19
Uma internauta reclamou da decisão, pois entende que haverá mais demora na transferência de pacientes das UPAs ao hospital...
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Por Paulo Eduardo
A CGN recebeu a reclamação de uma internauta nesta terça-feira (15) sobre o possível fechamento de uma ala de pacientes com trauma, geralmente pacientes ortopédicos, do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), para que o espaço seja utilizado na implantação dos oito novos leitos de UTI Covid-19.
O HUOP atendeu o chamado da Secretaria de Saúde do Estado observando as possibilidades de aumento do número de leitos, em razão do aumento de número de casos de Covid-19 na Região Oeste. A previsão é de que os novos leitos estejam disponíveis no sistema até a próxima quinta-feira (17).
Contudo, a preocupação da internauta é de que vítimas de acidente de trânsito, por exemplo, tenham que aguardar ainda por mais tempo para serem transferidas das UPAs ao hospital para passarem por procedimento cirúrgico.
A reportagem entrou em contato com o Hospital Universitário, que informou que a ala está sendo desmobilizada para que seja possível dar suporte no atendimento urgente de pacientes com a Covid-19.
Em nota, o HUOP informou o seguinte:
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) informa que está sendo realizada uma organização interna para a abertura de 8 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), exclusivos para pacientes com Covid-19. A previsão de abertura destes leitos é para quinta-feira (17).
O diálogo é intenso entre o hospital, Secretaria de Estado de Saúde, 10ª Regional de Saúde, Consamu, macro regulação, e Ministério Público, para definir as principais estratégias, devido o aumento de números de casos de Covid-19 em toda região.
Houve registro de aumento de pacientes graves acometidos com a doença, e que demandam leito de UTI, em razão disso, foi necessário o pedido da abertura de mais leitos no Huop, tendo em vista que o hospital é referência e atende pacientes de toda a região Oeste.
Para essa abertura, é necessária a contratação de mais profissionais de saúde, tendo em vista que o leito de UTI necessita de muito mais profissionais do que um leito de enfermaria, devido a complexidade dos pacientes. Conforme a resolução da Anvisa, para leitos de enfermaria são cerca de 6 pacientes para cada técnico de enfermagem e 1 enfermeiro na unidade. Enquanto para UTI, a cada 2 leitos há um técnico de enfermagem, um enfermeiro para cada 10 leitos, e mais um técnico de enfermagem por unidade para apoio.
Sendo assim, uma ala do hospital está sendo desmobilizada para conseguir dar o suporte nesse atendimento urgente de pacientes com a Covid-19 até que haja a contratação de novos profissionais de saúde, que tem previsão de início das atividades na primeira semana de janeiro. Nesse momento, a demanda desses pacientes será concentrada no Pronto Socorro.
É importante ressaltar que nenhum paciente que chegou no Huop ficou sem atendimento, e ainda, vale destacar o trabalho dos profissionais que se desdobram para atender os pacientes em situações como a atual.
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