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Porta dos Fundos é acusado de machismo por vídeo de vereadora eleita em Curitiba

O cargo postulado, a cidade, o recorde de votação e o partido anunciados no vídeo são os mesmos da vereadora eleita Indiara Barbosa. Neste domingo, 22,...

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Por Agência Estado

A produtora Porta dos Fundos está sendo acusada de machismo, inclusive por parlamentares federais, pela publicação de vídeo em que uma personagem chamada Yollanda Ramos afirma que se elegeu a vereadora mais votada de Curitiba (PR) pelo Novo após ter, ela mesma, vazado fotos íntimas suas na internet.

O cargo postulado, a cidade, o recorde de votação e o partido anunciados no vídeo são os mesmos da vereadora eleita Indiara Barbosa. Neste domingo, 22, mesma data de publicação do esquete, Indiara afirmou em sua conta no Twitter que a personagem “certamente” não a representa. “É uma pena que o @portadosfundos associe o sucesso de uma mulher a alguma conotação sexual. Temos muito trabalho para mudar essa cultura retrógrada”, lamentou.

Por volta do meio-dia desta segunda-feira, 23, a produtora respondeu à mensagem publicada por Indiara: “Essa personagem de fato não é você. Yollanda é uma criação de ficção e humor que existe há 9 anos e, dentro do seu universo, explora sua sexualidade livremente. O Porta acredita que o Brasil precisa de mais mulheres em cargos públicos. Parabéns pela vitória!”

Diversos parlamentares manifestaram solidariedade a Indiara e reforçaram acusações de machismo à produtora, entre eles a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). “Uma das coisas mais suprapartidárias que existem no Brasil é o machismo. Seja você de esquerda ou direita, não há graça nenhuma em uma piada que insinua que uma mulher só foi eleita usando seu corpo”, escreveu.

Para o líder do Novo na Câmara dos Deputados, Paulo Ganime (SP), o Porta dos Fundos não conhece a vereadora eleita, o partido ou a luta das mulheres na política. “Mas viva a liberdade de expressão. Assim, a gente vê quem é quem”, completou. O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) ironizou o vídeo como um exemplo do que ele chamou de “machismo do bem”.

O deputado estadual Fábio Ostermann (Novo-RS) sustentou que, para um grupo de pessoas que ele classificou como “essa turma”, mulheres na política mereceriam respeito apenas se defendessem ideias de esquerda. O deputado estadual Arthur do Val (Patriota-SP), que foi candidato a prefeito de São Paulo (SP), seguiu a mesma linha, ao insinuar que haveria maior comoção se o canal produzisse um vídeo que pudesse ser à candidata Manuela DÁvila (PCdoB), que disputa o segundo turno da eleição em Porto Alegre (RS).

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