FGV esclarece: indicador de incerteza teve sexta queda consecutiva

Embora essa tenha sido a sexta queda consecutiva do índice, ele ainda permanece 29 pontos acima do nível de fevereiro, último mês anterior à quarentena, e...

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Por Agência Estado

A Fundação Getulio Vargas (FGV) esclareceu que o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) registrou em outubro sua sexta queda consecutiva, não oitava, como informou mais cedo a instituição. Conforme a FGV, o IIE-Br caiu 2,0 pontos na passagem de setembro para outubro, para 143,8 pontos.

Embora essa tenha sido a sexta queda consecutiva do índice, ele ainda permanece 29 pontos acima do nível de fevereiro, último mês anterior à quarentena, e 7,0 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia, alcançado em setembro de 2015

O IIE-Br é composto pelo o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA e mede a capacidade de se prever cenários para os próximos 12 meses.

Os dois componentes caminharam em direções opostas em outubro. O componente de Mídia recuou 4,0 pontos, para 126,0 pontos, contribuindo negativamente em 3,5 pontos para a queda do indicador geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu positivamente em 1,5 ponto para o comportamento do IIE-Br, ao subir 4,3 pontos, para 194,3 pontos.

“O componente de Expectativas reflete as incertezas quanto ao ritmo possível de recuperação da economia frente a possibilidade de novas ondas (da covid-19), o cenário fiscal, o sinal amarelo da inflação, agora mais espalhada entre os produtos e a difícil capacidade de previsão do câmbio e da taxa de juros”, avaliou a economista da FGV IBRE Anna Carolina Gouveia, em nota oficial.

Segundo a FGV, a manutenção do componente de expectativas acima dos 190 pontos por mais de 6 meses é um fato inédito. Antes disso, o indicador ficou acima desse patamar por dois meses no final de 2002, em resposta às incertezas em torno da política econômica a ser adotada pelo recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Naquele período de grande incerteza econômica, a média do componente de expectativas foi de 163 pontos. No momento atual, o cenário econômico deteriorado por uma pandemia altamente instável e grave intensifica ainda mais a capacidade de se prever cenários, mantendo o indicador de expectativas com uma média de 206 pontos entre março e outubro”, destacou a economista.

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