Inferno astral – por Caio Gottlieb

Como se não bastassem os prejuízos decorrentes da falta de arrecadação do dízimo com a suspensão dos cultos em suas subsidiárias espalhadas pelo mundo nestes meses de quarentena, a Igreja Universal, do bispo Edir Macedo, enfrenta um levante de proporções bíblicas em sua promissora operação em Angola.

Revoltados com os métodos de trabalho de Honorilton Gonçalves, enviado para comandar a organização no continente africano e acusado, entre outros crimes, de evasão de divisas e prática de racismo, 320 pastores tomaram a administração de metade das 220 igrejas abertas por Edir no país.

Se a dissidência vier a se generalizar, a Universal pode perder um de seus braços internacionais mais lucrativos.

Dizem os rebelados que só no ano passado foram transferidos para a sede no Brasil, por meios ilegais, nada menos que 100 milhões de dólares.

Se a coisa anda ruim para o bispo, imagina pra nós, pobres mortais…

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