
Briga com facas e pauladas em Cascavel começou por suspeita de furto! Presas já estão soltas
Os depoimentos das envolvidas apresentam o desenrolar dos acontecimentos e as motivações por trás do confronto...

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Por Redação CGN

Uma briga envolvendo facas, pedaços de madeira e acusações de furto resultou na prisão em flagrante de duas mulheres em Cascavel, no dia 11 de fevereiro. O conflito, que teria começado por conta de um suposto roubo cometido pelo filho da vítima, K. I. R., terminou com a acusação de lesão corporal grave contra B. M. C. e L. S. D. Ontem (12) a Justiça, concedeu liberdade provisória às rés, impondo medidas cautelares.
Os depoimentos das envolvidas apresentam o desenrolar dos acontecimentos e as motivações por trás do confronto.
O início do conflito
Em seu interrogatório, B. M. C. afirmou que a situação teve origem quando ela e L. S. D. foram até a casa de K. I. R. em busca de objetos que teriam sido furtados pelo filho da vítima. Segundo o depoimento, ao chegarem ao local, encontraram a mulher descontrolada:
“A gente foi lá pra conversar com a mãe dele. Não sei se ela tem algum surto psicológico ou alguma coisa, mas ela já tava quebrando as janelas, dando facadas e querendo vir pra cima da gente.”
B. M. C. também alegou que havia testemunhas no local, incluindo vizinhos que poderiam confirmar a agressividade de K. I. R..
“Ela começou a gritar e a quebrar as janelas com a faca. A polícia foi lá ainda pra registrar o pior. Foi roubado até o vizinho, eles estão até sem luz porque a fiação inteira do poste foi levada pelo filho dela.”
Já L. S. D., em seu depoimento, reforçou que sua intenção era apenas conversar com a mãe do suposto ladrão, mas que a reação da mulher os pegou de surpresa:
“Eu só queria que ela assumisse que o filho dela fez errado. Mas ela pegou uma faca, começou a bater na janela, jogar pedra e dizer que a gente tava lá pra matá-la. Eu nunca tinha visto essa mulher na vida.”
O momento da agressão
De acordo com as declarações das acusadas, a agressão física ocorreu quando K. I. R. tentou atacá-las com uma faca. Para se defender, L. S. D. diz que usou um pedaço de madeira para atingir a mão da vítima, o que teria causado a fratura no dedo.
“Ela pegou uma pedra grande para tacar em mim. Se eu não tivesse dado uma paulada na mão dela, ela ia me acertar. O dedo quebrou porque eu bati na mão dela para ela soltar a pedra.”
As duas negam que B. M. C. tenha participado da briga, alegando que ela apenas presenciou o ocorrido sem interferir.
“A B.M.C. só ficou olhando. Não falou nada, não bateu em ninguém.”, afirmou L. S. D.
A ida ao hospital e a prisão
Outro ponto polêmico do caso foi a presença das acusadas no mesmo local onde K. I. R. foi internada após o ocorrido. A coincidência levantou suspeitas de que as mulheres estivessem tentando persegui-la, mas ambas negaram essa intenção.
“A gente nem sabia que ela estava lá. Só encontramos por acaso. Quando eu vi que podia dar problema, até falei que a gente devia sair, mas a B. M. C. achou que não ia dar em nada.”, relatou L. S. D.
Durante o interrogatório, foi questionado se as acusadas estavam portando facas no momento da abordagem policial no hospital. L. S. D. confirmou que sim, mas alegou que as lâminas estavam em sua bolsa por precaução, caso encontrassem o filho de K. I. R.:
“Como é que eu não ia andar com uma faca se ele ainda tava solto? Ele já tinha roubado, podia tentar fazer alguma coisa com a gente.”
Ela também demonstrou indignação com a situação, criticando a impunidade do suposto ladrão e afirmando que, se o encontrasse, reagiria com violência:
“Se ele aparecer na minha frente, eu vou bater nele. Vou espancar, porque ele não tem vergonha na cara. Eu trabalho pra ter minhas coisas, não roubo nada de ninguém.”
Decisão da Justiça
Após avaliar o caso, a Justiça concedeu liberdade provisória às duas mulheres, considerando que elas não representam risco à ordem pública. No entanto, algumas medidas foram impostas:
- Proibição de contato com a vítima
- Proibição de sair da Comarca por mais de sete dias sem autorização
- Obrigação de comparecimento a todos os atos do processo
- Proibição de frequentar bares e boates
O inquérito segue em andamento, e a Justiça ainda avaliará a real responsabilidade das acusadas no episódio. Caso sejam condenadas, podem enfrentar penas superiores a quatro anos de reclusão.
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