Policiais que estavam de folga salvam motorista que caiu em rio

A noite de sábado (9) prometia ser tranquila para três policiais militares de Curitiba, mas um acidente os fez entrar em ação durante uma pescaria. De acordo com o soldado Augusto Tremea, do 13° Batalhão, o trio já combinava uma ida até o Rio Negro, na divisa do Paraná com Santa Catarina, há algum tempo. E foi justamente no sábado que escolheram, enquanto aguardavam no acampamento, que se depararam com a queda de um veículo Gol no rio, o que os fez agir imediatamente.

Em entrevista à Banda B, Tremea explicou que o acidente aconteceu entre os municípios de Agudos do Sul, na região metropolitana de Curitiba, e Campo Alegre, no estado vizinho. “Não sei por qual motivo, um outro carro ficou parado sobre a ponte, com a luz apagada. Foi quando esse Gol veio e, acredito que para evitar uma batida, o motorista puxou o volante, momento em que foi parar dentro do rio”, descreveu.

Com a queda do carro, imediatamente os três policiais nadaram para salvar o motorista. Além de Tremea, participaram da ação de resgate o sargento Kendy Shimiza, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e Anthony da Silveira, das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam).

Tremea descreveu que foi necessário quebrar o vidro da frente para o resgate. “Tivemos que atravessar a nado o rio até o outro lado. No veículo, estouramos o vidro e levamos o rapaz até a margem. Meus parceiros começaram as manobras de reanimação e eu voltei para verificar se não tinha mais ninguém dentro do carro”, comentou.

Sem ninguém mais dentro do veículo, Tremea também retornou para a margem do rio e auxiliou na reanimação. Após um tempo, os três policiais conseguiram fazer a vítima jogar para fora toda a água que havia bebido após a queda.

Uma ambulância de Santa Catarina então foi chamada e encaminhou o motorista para um pronto-socorro, sem risco de perder a vida.

Ajuda de Deus

Para concluir, Tremea descreveu que o trabalho de policial nunca acaba e reforçou a importância da fé durante a ação. “Por mais que a gente não espere e não esteja preparado, algo que precise da nossa ajuda pode acontecer. A gente sabe nadar, mas não tem treino para carregar outra pessoa, como foi o caso. A correnteza estava bem forte, o rio é grande e foi bastante difícil, mas graças a Deus deu tudo certo. Depois que termina, a gente fica orgulho de ver que a pessoa está bem”, concluiu.

A vítima é moradora de Agudos do Sul e passa bem.

O texto é da Banda B.