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Defesa de homem morto pela Guarda Civil Municipal nega confronto armado

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, um revólver foi encontrado no carro em que Daniel estava. Contudo, o documento não afirma que...

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Por Fábio Wronski

A família de Daniel Silveira, homem que foi morto após uma perseguição da Guarda Civil Municipal (GCM) em Ponta Grossa, contesta a versão de que ele se envolveu em um confronto armado. O incidente ocorreu na noite de terça-feira (14), no bairro Nova Rússia.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, um revólver foi encontrado no carro em que Daniel estava. Contudo, o documento não afirma que ele tenha disparado contra os guardas municipais. A arma foi apreendida e será periciada.

A advogada Sirlene Campos, representante da família de Daniel, confirmou que ele tinha um mandado de prisão por dívida de pensão alimentícia, expedido em setembro de 2024 pela juíza Denise Damo Comel. No entanto, a defesa argumenta que isso não justifica a perseguição e questiona a conduta da GCM.

Campos ressaltou que o incidente ocorreu enquanto Daniel voltava do trabalho para casa e que ele não tinha antecedentes criminais. “Ele era um trabalhador, com bons antecedentes e pai de três filhas”, afirmou.

O registro policial relata que o subcomandante da GCM havia informado anteriormente que Daniel tinha um mandado de prisão e que estava usando um veículo Peugeot. Na terça-feira (14), a GCM percebeu que o carro estava circulando pelo bairro Nova Rússia e iniciou o patrulhamento na área.

Durante a tentativa de abordagem, Daniel parou o carro, mas fugiu em seguida. Os guardas municipais começaram a perseguição, emitindo sinais sonoros e luminosos e solicitando apoio de outras equipes.

Daniel desobedeceu às sinalizações de trânsito e chegou a dirigir na contramão. Em determinado momento, um agente afirmou ter identificado um objeto no banco do passageiro que parecia ser uma arma de fogo.

Na Rua Visconde de Porto Alegre, Daniel tentou atingir um veículo do Grupo Especial Tático com Motocicletas (GETAM) em marcha ré. Um guarda municipal atirou no pneu do carro, que continuou em fuga.

Durante a perseguição, Daniel colidiu intencionalmente com uma motocicleta do GETAM, causando a queda do agente, que foi levado ao Hospital São Camilo. “Em legítima defesa e para repelir a agressão injusta, o agente efetuou dois disparos com sua arma institucional”, diz o boletim. Em seguida, o carro de Daniel colidiu contra a Escola Municipal São Jorge.

Daniel foi retirado do carro por uma equipe do Samu e submetido a manobras de ressuscitação cardiopulmonar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A Polícia Civil, a Polícia Científica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para os procedimentos necessários. Durante as diligências, uma arma de fogo foi encontrada no carro e encaminhada para perícia.

As informações são do Portal aRede.

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