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Com a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, Paraná alerta para casos e cuidadosFoto: SESA-PR

Com a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, Paraná alerta para casos e cuidados

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Eles pertencem à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Até o momento, são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.......

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Por CGN

Com a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, Paraná alerta para casos e cuidadosFoto: SESA-PR

Com o reaparecimento do sorotipo três (DENV-3) da dengue no ano passado e sua circulação no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça sobre os cuidados para evitar a doença. Antes do início de 2024, a última vez que o DENV-3 tinha sido detectado no território paranaense foi em 2016, por isso o alerta, uma vez que a população se encontra suscetível a este sorotipo do vírus.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Eles pertencem à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Até o momento, são conhecidos quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção por um deles gera imunidade específica para esse sorotipo, mas é possível contrair a doença novamente se a pessoa for picada pelo vetor que estiver contaminado com um sorotipo diferente.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressalta que a distinção entre os vírus é importante para o monitoramento epidemiológico e vigilância laboratorial da circulação viral, assim como os exames laboratoriais no diagnóstico.

“É possível contrair dengue mais de uma vez, por um sorotipo diferente, podendo causar um quadro clínico mais grave. No entanto, os cuidados para evitar o agravo devem ser os mesmos já adotados, como a eliminação de qualquer tipo de recipiente que acumule água ou local com água parada nos ambientes domésticos, quintais, terrenos baldios, dentre outros. Essa vigilância contribui para a implementação de medidas preventivas e de controle”, ressaltou.

Desde o dia 28 de julho, início do atual período epidemiológico, até agora foram processadas 6.121 amostras para vigilância laboratorial da circulação viral dos quatro sorotipos. Desse total, 104 amostras foram detectáveis para dengue em pacientes residentes no Paraná. As tipificações do sorotipo foram 37 para DENV- 1, 54 para DENV-2, 13 para DENV-3 e nenhuma para DENV-4.

CIRCULAÇÃO – A série histórica do sorotipo viral de dengue é contabilizada desde o ano de 1995. Até 2018 houve a predominância do sorotipo DENV-1, em 2019 e 2020 do sorotipo DENV-2 e a partir de 2021 voltou a prevalecer o sorotipo DENV-1. Já em 2024 foi observada a reintrodução da circulação de DENV-3.

No período epidemiológico 23/24 foram detectados DENV-1, DENV-2 e DENV-3. O DENV-1 teve a maior circulação nos municípios, representando mais de 80% das amostras tipificadas pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Atualmente, percebe-se a inversão da circulação viral com o predomínio do sorotipo DENV-2.

“A dengue é uma doença endêmica, temos casos durante todo o ano, mas o período de maior concentração de casos notificados tem início em janeiro e normalmente vai até maio, sendo que março e abril concentram o maior número de casos”, reforça a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte. “Temos de nos manter vigilantes em nossas casas. O Estado está atuando em várias frentes, com várias ações, mas a colaboração e engajamento da população são fundamentais para diminuir o número de casos”.

AÇÕES – A Sesa vem trabalhando constantemente durante todo o ano promovendo ações de apoio no enfrentamento às arboviroses (dengue, zika e chikungunya) junto aos municípios, com incentivo e orientação para a adoção das novas tecnologias propostas pelo Ministério da Saúde. Nos últimos 12 meses o Paraná implantou, capacitou e investiu em várias frentes no enfrentamento à dengue, principalmente em novas tecnologias.

Algumas delas são: o método Wolbachia (consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti juntamente com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue), a técnica de borrifação residual (BRI-Aedes), que consiste na aplicação de inseticida residual em partes das paredes internas de imóveis especiais – lugares públicos com grande circulação de pessoas, e o monitoramento entomológico por ovitrampas (armadilhas de oviposição para as fêmeas). 

Fonte: AEN

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