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Ataques criminosos alarmam população de Porto Velho

Uma série de ataques a ônibus alarmou a população de Porto Velho, que amanheceu sem transporte coletivo nesta terça-feira (14). Ao menos três veículos foram incendiados......

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Por CGN

Uma série de ataques a ônibus alarmou a população de Porto Velho, que amanheceu sem transporte coletivo nesta terça-feira (14). Ao menos três veículos foram incendiados na véspera e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sitetuperon), criminosos ameaçaram motoristas, cobradores e usuários do sistema de transporte público.

O risco à integridade física dos trabalhadores e passageiros motivou os rodoviários a recolherem os ônibus logo no início desta manhã. Pouco depois, o prefeito da capital rondoniense, Léo Moraes, pediu ao governo estadual que reforce a segurança pública na cidade a fim de garantir a ordem e o funcionamento do transporte público.

“Solicitamos, com urgência, a adoção de providências dos órgãos de segurança pública para garantir um excepcional aumento do contingente de agentes e veículos para monitoramento das principais vias públicas e rotas do transporte coletivo, com a finalidade de assegurar a prevenção e a precaução da vida e da incolumidade física e patrimonial da população em geral e dos trabalhadores da empresa de transporte coletivo, garantindo o direito de ir, vir e permanecer com a segurança necessária”, solicita Moraes no ofício enviado ao governador Marcos Rocha e ao secretário estadual da Segurança, Defesa e Cidadania, Felipe Bernardo Vital.

No documento, Moraes atribui “a recente onda de ataques” a facções criminosas. Segundo a Polícia Militar (PM), outras duas ocorrências envolvendo “incêndios com suspeita de origem criminosa” foram registradas esta madrugada em Mirante da Serra, a cerca de 390 quilômetros de Porto Velho. Um ônibus de uma empresa privada e um caminhão particular foram incendiados e a PM suspeita de que os atos foram premeditados.

Reação

Segundo as autoridades locais, os ataques a ônibus são uma reação à Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, que os órgãos de segurança pública deflagraram no fim de dezembro, com a justificativa de combater a criminalidade em Porto Velho. A primeira fase da operação ocorreu no condomínio Morar Melhor e, segundo a PM, contou com a participação de representantes do Ministério Público (MP). Ainda de acordo com a corporação, bandidos tinham tomado posse de vários imóveis no residencial, expulsando seus moradores com o uso da violência. Cerca de 70 apartamentos foram lacrados para serem, posteriormente, restituídos a seus donos legítimos ou à secretaria estadual de Assistência Social (Seas).

“A facção [criminosa] obtém lucro não apenas com a venda de drogas, mas com roubos e também com venda e aluguéis desses imóveis”, afirma o comandante do 9º Batalhão, tenente-coronel Ewerson Pontes, em nota divulgada pela PM.

Na noite do último domingo (12), poucos dias após a PM deflagrar a primeira fase da operação, bandidos mataram a tiros o cabo Fábio Martins, do Batalhão de Polícia Ambiental. Já no dia seguinte, a corporação deflagrou a segunda fase da Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura, desta vez no conjunto habitacional Orgulho do Madeira. A própria PM reconheceu, em nota, que mobilizou mais de 200 policiais em uma “resposta enérgica do Estado ao crime que vitimou o cabo Fábio Martins”.

“É uma determinação do governador que ações enérgicas sejam adotadas e é o que estamos fazendo”, declarou o coronel Agleydson Cavalcante, assegurando que, apesar da ênfase no residencial Orgulho do Madeira, onde cerca de 15 mil pessoas moram em apartamentos construídos pelo governo estadual, com o aporte de recursos federais. A PM montou bloqueios nas duas principais vias de acesso ao condomínio e está abordando quem entra e sai, além de realizar buscas em blocos habitacionais.

Agência Brasil pediu mais informações às secretarias estaduais de Segurança, Defesa e Cidadania e de Comunicação e aguarda retorno.

Fonte: Agência Brasil

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