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Suicídio: Precisamos falar sobre isso!

Confira e entrevista com a Psicóloga Haifa Amado e o Tenente Cícero Viana....

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Por Deyvid Alan

“É para aliviar de vez a minha dor.” Um remédio amargo e definitivo contra o sofrimento. Essa matéria tem como tema o suicídio, um problema tão sério que faz com que pessoas iguais a você, tirem a própria vida porque não conseguem mais ver uma saída para os problemas e a única coisa que querem é não sentir mais dor. Para cobrir as minhas falas, utilizo nessa matéria, alguns prints de relatos de pessoas em grupos de ajuda. São desabafos reais, pedidos de ajuda para ilustrar o que sente uma pessoa que enfrenta esse grave problema.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida todo ano, e um número muito maior tenta se suicidar, mas não têm êxito. A morte voluntária já é a segunda maior causa de óbito entre jovens de 15 a 29 anos e esses números avançam rapidamente.

Em Cascavel, apenas no primeiro semestre de 2020, 13 pessoas cometeram suicídio e 216 atendimentos foram realizados a pessoas que tentaram suicídio ou automutilação. Dos óbitos registrados em Cascavel, 44% tinham de 30 a 39 anos e a maioria eram homens.

Mas o que leva uma pessoa a querer colocar um ponto final na própria vida? A psicóloga Haifa Amado Elias Sonda, explica que fatores internos e externos influenciam para que uma pessoa tente o suicídio e ressalta também que a presença de um transtorno psiquiátrico, em especial a depressão, está presente na maioria dos casos.

Embora a relação entre distúrbios suicidas e mentais (em particular, depressão e abuso de álcool) esteja bem estabelecida em países de alta renda, vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, com um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida, tais como problemas financeiros, términos de relacionamento ou dores crônicas e doenças. Além disso, o enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida.

Diante situações de desespero em que a pessoa tenta tirar a própria vida, outro profissional que auxilia nesse processo é o socorrista com formação específica para negociação em situações de crise. O Tenente do 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Cascavel, Cícero Viana, também possui treinamentos pelo Centro de Valorização à Vida (CVV) conta sobre o trabalho.

O estigma, particularmente em torno de transtornos mentais e suicídio, faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas ou que já tentaram suicídio não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam.

A prevenção não tem sido tratada de forma adequada e em diversas sociedades, o tema é um tabu e, por isso, não é discutido abertamente. Sensibilizar a comunidade e quebrar o tabu são ações importantes aos países para alcançar progressos na prevenção do suicídio.

No Brasil, o CVV – Centro de Valorização à Vida realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), e-mail e chat 24 horas todos os dias.

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