Detentos amarraram Leandro na grade da cadeia durante surto de abstinência antes da morte, relata advogado
“Antes de mais nada, gostaria de externar meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos do Leandro”, iniciou o advogado, que se deslocou até a unidade prisional...
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Por Diego Cavalcante
O advogado Francisco Celiomar, representante da família de Leandro Aparecido Galvão, de 40 anos, detento que morreu na manhã desta sexta-feira (10) na Cadeia Pública de Cascavel, gravou um vídeo e divulgou para a imprensa, para esclarecer os relatos obtidos sobre as circunstâncias do óbito.
“Antes de mais nada, gostaria de externar meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos do Leandro”, iniciou o advogado, que se deslocou até a unidade prisional assim que soube do ocorrido. Ele foi recebido pelo policial penal Givanildo, que detalhou os acontecimentos que levaram à morte de Leandro.
De acordo com o advogado, o policial relatou que Leandro teria sofrido um surto, possivelmente causado por uma crise de abstinência, já que ele era dependente alcoólico. Durante o surto, o detento teria começado a se debater contra as paredes e as grades da cela.
“Segundo o relato, ele foi contido pelos próprios colegas de cela, que o amarraram às grades até que o DEPPEN pudesse intervir e conduzi-lo para atendimento”, explicou Celiomar. Ainda conforme o advogado, durante a remoção para atendimento, Leandro teria começado a convulsionar, sofrido uma parada cardiorrespiratória e, infelizmente, não resistiu.
Celiomar também destacou que conversou com dois detentos que estavam na cela com Leandro e que confirmaram a versão apresentada pelo policial penal.
O advogado reforçou a importância de aguardar os resultados das investigações realizadas pela Polícia Científica e demais autoridades competentes para esclarecer o caso. “Entendo a dor e o sentimento da família neste momento, que busca respostas e explicações sobre o ocorrido. Contudo, o momento agora é de luto, e na sequência teremos as respostas por parte das autoridades”, concluiu.
A família de Leandro, que já havia manifestado dúvidas sobre o caso ao perceber ferimentos no corpo do detento durante o velório, aguarda os laudos periciais para entender exatamente o que ocorreu nas últimas horas de vida de Leandro dentro da unidade prisional.
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