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Calvin Neruan / Secretaria da Segurança Pública do RS

Passo a passo do acidente com avião que deixou 10 mortos em Gramado

Às 8h58, as câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento do embarque. O empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, e outros nove familiares, entre...

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Por Diego Cavalcante

Calvin Neruan / Secretaria da Segurança Pública do RS

O acidente aéreo ocorrido no Rio Grande do Sul, nesse domingo (22/12), e que tirou a vida de 10 pessoas da mesma família chocou o Brasil. Entre a decolagem no aeroporto de Canela e a primeira colisão do avião contra a chaminé de um prédio em Gramado, na Serra Gaúcha, foram apenas três minutos.

Às 8h58, as câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento do embarque. O empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, e outros nove familiares, entre esposa, filhas, sogra e duas crianças, entraram na aeronave, de modelo PA-42-1000, da Piper Aircraft. Eles pretendiam chegar a Jundiaí (SP).

O avião, de acordo com os dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), pertencia ao empresário e estava apto para voar até 25 de março do próximo ano. Galeazzi, inclusive, era quem pilotava a aeronave no momento da queda, conforme o divulgado, até então, pela investigação.

Assim que finalizado o embarque da família, o avião decolou no aeroporto de Canela às 9h15. Nesse horário, a forte neblina já tomava conta do céu na Serra Gaúcha. A névoa era tão densa que a aeronave “sumiu” de vista segundos depois, após a decolagem. O pior, no entanto, estava por vir nos minutos seguintes.

A queda três minutos depois

Às 9h18, ou seja, apenas três minutos após a saída de Canela, o avião da família Galeazzi bateu contra a chaminé de um prédio na Avenida das Hortênsias, no Centro de Gramado. As duas cidades são vizinhas e ficam cerca de oito quilômetros uma da outra. A colisão foi registrada por câmeras dos comércios próximos.

Apesar da batida, a aeronave continuou no céu, mas acabou se chocando contra o segundo andar de uma casa e caiu, em seguida, sobre uma loja de móveis nas imediações. A essa altura, partes do avião já estavam se soltando. Destroços caíram em outros imóveis da região, chegando a atingir uma pousada próxima.

Vítimas do acidente aéreo em Gramado

Todas as 10 pessoas que estavam na aeronave morreram. Luiz Cláudio Galeazzi era um empresário paulista, que ocupava o cargo de CEO da Galeazzi & Associados, companhia fundada pelo pai dele há quase 30 anos e que atua no ramo de gestão empresarial. Além dele, as demais vítimas foram:

– Tatiana Natucci Niro, 49 anos, esposa de Luiz Cláudio Galeazzi;
– Maria Eduarda Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Maria Elena Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Maria Antônia Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Veridiana Natucci Niro, 43 anos, irmã de Tatiana;
– Lilian Natucci, 75 anos, mãe de Tatiana e Veridiana Natucci Niro;
– Bruno Cardoso Munhoz de Guimarães Araújo, 43 anos, marido de Veridiana;
– Giulian e Mateo, de 6 e 8 anos, filhos de Veridiana e Bruno.

Em nota, a Galeazzi & Associados confirmou as mortes da família e destacou a trajetória do empresário à frente da companhia. Bruno Cardoso, marido da irmã da esposa de Luiz Cláudio, era diretor da empresa.

“Luiz Galeazzi será eternamente lembrado por sua dedicação à família e por sua notável trajetória como líder da Galeazzi & Associados. Neste momento de imensa dor, a Galeazzi & Associados agradece profundamente as manifestações de solidariedade e carinho recebidas de amigos, colegas e da comunidade. Nos solidarizamos também com todos os afetados pelo acidente na região. Reafirmamos nosso compromisso em acompanhar as investigações conduzidas pelas autoridades competentes e informamos que todos os registros e autorizações da aeronave estavam devidamente em ordem”, diz o texto da nota.

Além das mortes, outras 17 pessoas ficaram feridas, das quais duas seguem internadas em um hospital de Porto Alegre. As demais já foram liberadas. A Polícia Civil do estado e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) atuam na investigação do caso.

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