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O novo anel saindo do forno – Por Caio Gottlieb

Qualificado recentemente no Programa Nacional de Desestatização, o novo projeto de concessão, que ganhou a denominação de Rodovias Integradas do Paraná, prevê a manutenção do polígono...

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Por Caio Gottlieb

Com os atuais contratos em contagem regressiva para o encerramento em novembro de 2021, aceleram-se as definições sobre o futuro das rodovias federais que fazem parte do Anel de Integração, operadas pela iniciativa privada desde 1997.

Qualificado recentemente no Programa Nacional de Desestatização, o novo projeto de concessão, que ganhou a denominação de Rodovias Integradas do Paraná, prevê a manutenção do polígono original acrescido de outros seis trechos federais e estaduais, totalizando 4.114 quilômetros cobrindo todas as regiões do estado.

Embora a formatação final ainda esteja em estudos pela Empresa de Planejamento e Logística, uma vez que o governo paranaense abriu mão de gerir o processo de licitação, agora conduzido inteiramente pela União, já ficou decidido que a Taxa Interna de Retorno (TIR) será de 8,47%, equivalente a menos da metade dos índices fixados nos contratos em vigor.

Trocando em miúdos, trata-se do lucro a ser auferido pelas empresas que vencerem a disputa para administrar as estradas, considerando os investimentos que terão de cumprir para atender às obrigações contratuais.

Um dos principais motivos que permitiu a expressiva redução da TIR para as próximas licitações, que resultará em pedágios mais baratos, reside no conceito chamado risco-país.

O indicador orienta investidores estrangeiros a negociar ou não em um país e é formulado por análises que levam em conta a sua capacidade financeira de honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida.

Quando do lançamento do Anel de Integração, há 23 anos, o Brasil, dada sua condição econômica na época, era um dos lugares mais arriscados do mundo para investimentos de longo prazo, fator que fazia subir a níveis estratosféricos o custo do financiamento de grandes obras de infraestrutura.

Em resumo, o projeto precisava ser altamente lucrativo para valer a pena.

Com o Brasil ostentando hoje um baixo risco-país, a equação entrou na conta e podemos agora almejar tarifas com valores mais razoáveis.

Mas uma coisa é certa: ninguém vai aparecer para colocar um dinheirão se o negócio não for bom.

Muito bom.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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