Juro médio no crédito livre sobe a 40,2% em outubro, diz BC; cheque especial recua a 135,3%

O juro médio do crédito livre para pessoas físicas ficou estável na passagem de setembro para outubro, em 52,4%. ...

Publicado em

Por Agência Estado

A taxa média de juros no crédito livre aumentou de 39,9% em setembro para 40,2% em outubro, informou o Banco Central. Em outubro de 2023, a taxa era de 42,0%.

O juro médio do crédito livre para pessoas físicas ficou estável na passagem de setembro para outubro, em 52,4%.

A taxa média cobrada das empresas oscilou de 20,6% (dado revisado) para 21,4%.

Cheque especial

A taxa do cheque especial caiu de 136,3% (dado revisado) para 135,3% no período. A do crédito pessoal aumentou de 42,2% (dado revisado) para 43,4%.

Os bancos brasileiros oferecem parcelamento de dívidas no cheque especial desde 2018, válida para débitos maiores que R$ 200. Em 2020, o BC passou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês, ou 151,82% ao ano.

Veículos

O juro médio no crédito para aquisição de veículos aumentou de 25,5% em setembro para 25,9% em outubro.

Operações livres e direcionadas

A taxa média no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de 27,6% para 28,1%. Em outubro de 2023, estava em 29,3%.

ICC

O Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu de 21,8% para 21,7%. O índice mostra o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.

Na prática, reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.

Spread

O spread médio em operações de crédito livre caiu de 28,4 pontos porcentuais em setembro para 28,2 pontos em outubro, informou o Banco Central. Essa métrica representa a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais.

O spread médio no segmento de pessoa física caiu de 40,8 pontos porcentuais em setembro para 40,2 pontos em outubro. Nas operações de empresas, passou de 28,4 para 28,2 pontos

O spread médio do crédito direcionado, com recursos da poupança e BNDES, passou de 4,0 pontos em setembro para 4,4 pontos em outubro. O spread do crédito total, que inclui livre e direcionado, permaneceu em de 18,4 pontos.

Inadimplência

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com bancos caiu de 4,5% em setembro para 4,4% em outubro, informou o Banco Central. A taxa para pessoas físicas cedeu de 5,6% para 5,5%. A de empresas ficou estável, em 2,9%.

A inadimplência do crédito direcionado, com recursos da poupança e do BNDES, subiu de 1,5% em setembro para 1,6% em outubro. Considerando o crédito total, que inclui o livre e o direcionado, a taxa se manteve estável, em 3,2%.

Endividamento das famílias

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro permaneceu em 48,0% em setembro, o mesmo nível de agosto (dado revisado), informou o Banco Central. O recorde histórico, de 49,9%, foi atingido em julho de 2022. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento também ficou estável, em 30,0%.

O programa Desenrola, encerrado em maio, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos.

O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu de 26,7% em agosto (dado revisado) para 26,5% em setembro. Sem contar os empréstimos imobiliários, ele variou de 24,6% (revisado) para 24,3%.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile