Vale vira no fim e Ibovespa cai 0,07%, ainda aos 129 mil pontos

Com o desempenho majoritariamente positivo até o ajuste final desta segunda-feira, o índice se mantinha no maior nível desde 7 de novembro, então perto dos 129,7...

Publicado em

Por Agência Estado

O Ibovespa sustentou a linha dos 129 mil pontos pela segunda sessão, em dia no qual operou colado à estabilidade desde a abertura, entre mínima de 128.931,74 e máxima de 129.494,67 pontos, em variação de apenas 563 pontos nos extremos desta abertura de semana. Ao fim, mostrava leve perda de 0,07%, aos 129.036,10 pontos, com giro reforçado a R$ 28,0 bilhões. No mês, o Ibovespa cede 0,52% e, no ano, perde 3,84%

Com o desempenho majoritariamente positivo até o ajuste final desta segunda-feira, o índice se mantinha no maior nível desde 7 de novembro, então perto dos 129,7 mil pontos naquele fechamento. A virada final em Vale definiu o sinal do dia.

A variação entre as ações de maior peso e liquidez na B3 foi discreta nesta primeira sessão da semana. O principal ativo, Vale ON, mudou de direção no ajuste final e caiu 0,02%, ainda acumulando perda de mais de 6% no mês e de quase 19% no ano. Petrobras ON e PN tiveram desempenho negativo na sessão, com a ON em baixa de 0,97% e a PN, de 0,61%. Entre os grandes bancos o dia foi misto, com variação entre -1,48% (Bradesco ON) e +0,76% (Santander Unit) no fechamento.

Na ponta ganhadora do índice, destaque para CVC (+8,70%), Azul (+8,65%) e Magazine Luiza (+6,26%). No lado oposto, WEG (-3,44%), Raia Drogasil (-2,84%) e Localiza (-1,52%), além de Bradesco ON.

A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com alguns de seus principais ministros para discutir medidas de contenção de despesas acabou à tarde, pouco antes das 16h, sem declarações à imprensa. O encontro ocorreu das 10h40 às 12h50, parou para os participantes almoçarem, e voltou às 14h20, com término às 15h50. Lula discute há semanas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros auxiliares formas de conter os gastos do governo federal. Na quinta-feira, 21, Haddad disse a jornalistas que o pacote pode ser anunciado até terça, 26.

Nesta abertura de semana, “a boa notícia vem do fechamento da curva de juros, fruto da redução da expectativa de inflação, de 4,64% para 4,63% no Boletim Focus, divulgado pelo BC de manhã”, diz Inácio Alves, analista da Melver. “Embora tenha sido uma redução marginal, e a expectativa ainda se mantenha acima do teto da meta de inflação oficial pelo IPCA, o movimento foi suficiente para gerar uma queda nos vértices da curva a partir de 2026”, acrescenta.

Desde o exterior, contribuiu também a confirmação do futuro secretário do Tesouro, Scott Bessent, para o segundo mandato de Donald Trump na Casa Branca – escolha bem recebida pelo mercado nos Estados Unidos, o que resultou em queda acentuada nos rendimentos dos Treasuries e alta nos índices de ações em Nova York, com destaque para o Dow Jones (+0,99% no fechamento).

No Brasil, “inflação e juros foram os destaques deste boletim Focus. Ainda que tenha havido uma leve melhora nas expectativas para a inflação em 2024, o saldo em geral é negativo. O horizonte que de fato importa está em 2025 e, principalmente, 2026. E houve alta para 2027”, diz Patrícia Krause, economista-chefe de América Latina na Coface.

“As projeções de Selic pioraram. Há estabilidade nas previsões para este ano, chegando a 11,75% no fim de 2024, com o esperado aumento de 0,50 ponto em dezembro. Mas houve elevação nas expectativas de juros para 2025, com pico a 13% ao ano em julho, e para 2027”, acrescenta a economista, mencionando condições bem restritivas para o crédito ainda em 2027, com juros reais possivelmente em torno de 6%, de acordo com as previsões.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile