Confiança do consumidor sobe em novembro ao maior nível desde abril de 2014, aponta FGV

“A alta da confiança de novembro reposiciona o indicador na trajetória ascendente iniciada em junho deste ano, a qual foi interrompida no mês anterior. Ela é...

Publicado em

Por Agência Estado

A confiança do consumidor cresceu 2,6 pontos em novembro ante outubro, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 95,6 pontos, na série com ajuste sazonal, maior patamar desde abril de 2014, quando estava em 96,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,8 ponto.

“A alta da confiança de novembro reposiciona o indicador na trajetória ascendente iniciada em junho deste ano, a qual foi interrompida no mês anterior. Ela é motivada, principalmente, pela melhora das expectativas para os próximos meses e disseminada entre as faixas de renda. No mês, o indicador que mais contribuiu com a alta foi o que mede o ímpeto de compras de duráveis, seguido pela melhora dos indicadores que retratam a situação financeira presente e futura dos consumidores. Esse resultado retrata uma melhora na percepção dos orçamentos familiares, que são impactados positivamente pela continuidade de bons sinais no mercado de trabalho e na atividade econômica em geral”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em novembro, o Índice de Expectativas (IE) aumentou 3,7 pontos, para 103,4 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 0,6 ponto, para 84,3 pontos, alcançando o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,8 pontos.

Entre as expectativas, o item que mede o ímpeto de compras de bens duráveis deu a maior contribuição positiva para a confiança no mês, com alta de 8,8 pontos, para 96,8 pontos, maior nível desde julho de 2014. O item que mede as perspectivas para as finanças futuras das famílias avançou em 3,3 pontos, para 107,1 pontos, enquanto as perspectivas para a situação futura da economia tiveram redução de 1,2 ponto, para 106,1 pontos, a terceira queda consecutiva.

Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias avançou 2,9 pontos, para 76,2 pontos, e a percepção sobre a economia local caiu 1,6 ponto, para 92,8 pontos.

Houve melhora na confiança em todas as quatro faixas de renda familiar em novembro. O índice passou de 93,4 pontos em outubro para 101,8 pontos em novembro entre as famílias com renda até R$ 2.100, alta de 8,4 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram elevação de 1,5 ponto na confiança, de 90,3 pontos para 91,8 pontos. O indicador passou de 92,1 pontos para 93,9 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, alta de 1,8 ponto, e saiu de 96,3 pontos para 96,8 pontos, aumento de 0,5 ponto, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.

“A alta da confiança ocorre de maneira disseminada nas quatro faixas de renda influenciada por uma recuperação nas expectativas para os próximos meses. Nas avaliações sobre o momento atual, apenas consumidores de menor poder aquisitivo apresentaram alta em novembro, fortemente influenciados pela melhora na situação financeira atual da família”, explicou a FGV.

A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 21 de novembro.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile