Governador aliado de Bolsonaro diz que País vive ‘tiroteio’ e defende ‘paz para trabalhar’

Mello não mencionou diretamente a situação de Bolsonaro, que segundo a PF cometeu, além da tentativa de golpe, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático...

Publicado em

Por Agência Estado

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por golpe de Estado, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse neste sábado, 23, que o Brasil “precisa de paz para trabalhar” e que o clima de “tiroteio” e “discórdia” dificulta a tarefa de fazer um bom governo.

Mello não mencionou diretamente a situação de Bolsonaro, que segundo a PF cometeu, além da tentativa de golpe, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, e de aliados do ex-presidente.

A declaração de Mello ocorreu no encerramento do 12º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O grupo é formado pelos governos de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

“O Brasil precisa de paz para trabalhar. Nesse tiroteio que a gente vive não há condições. A gente tem que fazer um esforço muito maior pra dar conta de tudo que a gente tem que fazer. Se tivesse mais paz, mais tranquilidade, a gente podia render muito mais. O Brasil precisa de nós”, discursou Jorginho Mello.

“Eu nunca vi discórdia construir nada. Nem uma pontezinha, nem um hospital, nem uma escola. Confusão não constrói nada, só destrói”, acrescentou o governante catarinense.

A maioria dos governadores do Cosud são aliados de Bolsonaro. As exceções são Eduardo Leite (PSDB), que por estar em uma viagem ao exterior enviou o vice-governador gaúcho, Gabriel Souza (MDB), como representante, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), não mencionaram o ex-presidente nos respectivos discursos e se ativeram a temas relacionados ao consórcio. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), não participou do encerramento do Cosud.

Embora não tenha mencionado expressamente Bolsonaro, Jorginho Mello foi às redes sociais na tarde de sexta-feira, 22, demonstrar apoio ao ex-chefe do Executivo federal após o indiciamento pela Polícia Federal. Ele publicou uma foto ao lado de Bolsonaro na rede social X e escreveu: “O Brasil reconhece quem lutou pela pátria, família e liberdade. Juntos, seguimos com Jair Bolsonaro como inspiração de força e resistência. Aqui em Santa Catarina, o compromisso com os valores que nos unem é inabalável”.

Tarcísio de Freitas, que tem o ex-presidente como padrinho político, também havia defendido Bolsonaro na quinta-feira. “Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, afirmou o governador de São Paulo, também no X.

Outros governadores que são próximos politicamente de Bolsonaro, mas apontados como possíveis candidatos a presidente em 2026, como Zema e Ratinho, ainda não se posicionaram sobre o indiciamento do ex-chefe do Executivo.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile