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MON se transforma na casa da "muda 10 milhões" do programa Paraná Mais VerdeFoto: Patryck Madeira/SEDEST

MON se transforma na casa da “muda 10 milhões” do programa Paraná Mais Verde

O novo maciço verde equivale a uma área de 9 mil hectares de reflorestamento. Espécies como a Imbuia (Ocotea porosa) e o Cedro-rosa (Cedrela fissilis), ameaçadas......

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Por CGN

MON se transforma na casa da "muda 10 milhões" do programa Paraná Mais VerdeFoto: Patryck Madeira/SEDEST

Uma Araucaria angustifólia de pouco mais de um metro carrega todo o simbolismo da recuperação ambiental implementada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. A árvore-símbolo do Paraná, cultivada no viveiro florestal do Instituto Água e Terra (IAT) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi plantada nesta quinta-feira (21) no gramado do icônico Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, para marcar a meta de 10 milhões de mudas de espécies nativas distribuídas pelo Governo do Estado desde 2019.

O novo maciço verde equivale a uma área de 9 mil hectares de reflorestamento. Espécies como a Imbuia (Ocotea porosa) e o Cedro-rosa (Cedrela fissilis), ameaçadas de extinção, também ganharam um espaço no quintal no MON nesta quinta-feira. Para simbolizar o momento, uma escultura do artista plástico Alfi Vivern foi instalada no local. A obra intitulada “passagem”, de 2014, é talhada direto sobre o granito preto. A ação integra o programa Paraná Mais Verde.

Também como forma de celebrar a marca, ocorreu o lançamento do livro “Paraná – Unidades de Conservação”, organizado pelo IAT com imagens do fotógrafo Zig Koch, especializado em meio ambiente, e a confirmação da adesão do Paraná ao Pacto Trinacional de Restauração da Mata Atlântica, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai. O documento foi assinado pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.

“É um caminho sem volta, um processo que só tende a crescer. Chegamos a 10 milhões de mudas agora, em 2024, mas queremos mais, avançar nessa ação de regeneração da natureza. Estamos investindo nos nossos laboratórios de sementes e viveiros florestais para permitir essa ampliação, fornecendo mudas inclusive para outros estados do País”, afirmou Souza.

Dentro do Tratado da Mata Atlântica, formalizado no ano passado pelos estados no Sul e Sudeste do País, o Paraná se comprometeu com o plantio de mais 10 milhões de mudas até 2026 – foram distribuídas mais de 2 milhões até outubro deste ano.

“Nós precisamos recuperar as áreas degradadas para ter um Paraná mais verde e mais sustentável do que já somos. Assim, teremos a recuperação da recarga do lençol freático, minimizando as cheias. Quando plantamos uma árvore, estamos infiltrando água no solo, minimizando as cheias e garantindo água na época da estiagem”, explicou o diretor-presidente do IAT, José Luiz Scroccaro.

As árvores que abastecem o programa são cultivadas em 19 viveiros florestais e em dois laboratórios de sementes do Instituto. Ao todo, o órgão produz uma variedade de 163 espécies nativas, 26 delas ameaçadas de extinção. Os viveiros administrados pelo IAT estão localizados em São José dos Pinhais, Engenheiro Beltrão, Salgado Filho, Cascavel, Cornélio Procópio, Guarapuava, Fernandes Pinheiro, Ivaiporã, Jacarezinho, Morretes, Ibiporã, Mandaguari, Pato Branco, Tibagi, Pitanga, Paranavaí, Toledo, Umuarama e Paulo Frontin.

“Essa distribuição só foi viável por causa desses viveiros, dessas fábricas de mudas. Por isso existe a intenção do Governo do Estado de ampliar e melhorar essas estruturas, para também atender inclusive outros estados que necessitam de mudas para restauração ambiental” destacou o diretor de Políticas Ambientais da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Rafael Andreguetto.

“Quando você consegue criar um conceito, ele acaba permeando pela sociedade, dando resultados. A prova está aí: o Paraná cresceu, se desenvolveu, mas também cuidou, recuperou, respeitou o meio ambiente. Por isso é campeão em sustentabilidade”, completou o secretário de Estado do Turismo, Márcio Nunes.

LIVRO – O livro “Paraná – Unidades de Conservação” tem 208 páginas e traz uma apresentação das 73 Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O material, editado por Fábio Brito, com texto e pesquisa de Maria Celeste Corrêa e fotografia de Zig Koch, será inicialmente distribuído em UCs, viveiros e escritórios regionais do IAT para servir como apoio para pesquisas.

Em um segundo momento, a intenção é levá-los para as bibliotecas municipais e escolas públicas do Paraná. “Um livro exuberante, que teremos de relançá-lo sempre, já que nos próximos meses vamos anunciar mais três Unidades de Conservação no Paraná”, disse Andreguetto.

“A fotografia, a imagem, ajuda a conscientizar as pessoas, ajuda a tocá-la para a preservação do meio ambiente, para a preservação desses cenários tão maravilhosos como os da Serra do Mar do Paraná”, acrescentou Koch.

CARTA – A rede Trinacional de Restauração da Mata Atlântica é um movimento multisetorial que promove a articulação de diferentes atores e instituições, públicas e privadas, de Brasil, Argentina e Paraguai na recuperação da paisagem florestal dessa ecorregião. Por meio da adesão, o IAT se compromete a trocar experiências e capacitar agentes em torno da recuperação ambiental.

MON – A ação integra também o pacote de celebração dos 22 anos do Museu Oscar Niemeyer, nesta sexta-feira (22). O espaço terá entrada gratuita para o público. Serão inauguradas três exposições inéditas: “O Olho da Noite”, de Jean-Michel Othoniel; “Afinidades III – Cochicho, Luiz Zerbini” – ambas com curadoria de Marc Pottier – e “Convivendo em Harmonia com a Impermanência”, com curadoria de Géraldine Lenain.

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Fonte: AEN

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