Barroso: Atentado reforça necessidade de responsabilizar todos que atentem contra democracia

Barroso falou na abertura da sessão plenária na tarde de hoje, a primeira após um homem lançar explosivos contra o Supremo e no estacionamento da Câmara,...

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Por Agência Estado

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira, 14, que o atentado que ocorreu nesta quarta, 13, na Praça dos Três Poderes “reforça a necessidade de responsabilização de todos que atentem contra a democracia”. Na avaliação do ministro, o episódio de ontem “se soma ao que já vinha ocorrendo no país nos últimos anos.

Barroso falou na abertura da sessão plenária na tarde de hoje, a primeira após um homem lançar explosivos contra o Supremo e no estacionamento da Câmara, na noite de ontem. Ele morreu em meio às explosões. “Abro esta sessão com uma fala institucional que preferiria muito não ter que fazer”, disse o ministro. “E apesar de ainda estarmos no calor dos acontecimentos e no curso das apurações, nós precisamos – como País e como sociedade – fazer uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”.

“Onde foi que nós perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio, da agressividade e da violência? Estamos importando mercadorias espiritualmente defeituosas de outros países que se desencontraram na história”, questionou.

O magistrado citou os artefatos encontrados pela Polícia Federal (PF) na casa alugada pelo homem em Ceilândia (DF) e disse que esse fato “mostra o nível de periculosidade das pessoas com as quais estamos lidando”.

‘Não são negacionistas só na área da saúde, mas do estado de direito’

O ministro Alexandre de Moraes, que será relator do inquérito que investiga o atentado de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que pessoas que praticam atos como esses são “negacionistas do estado de direito” e que “serão responsabilizados”. Ele lamentou o que chama de “mediocridade” de pessoas que banalizam “um gravíssimo ato terrorista” e que dizem que a explosão foi “mero suicídio”.

“A nossa polícia judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir, e na hora que ele seria preso, aí ele se explodiu. Essa mediocridade pretende normalizar o contínuo ataque às instituições. Essas pessoas não são negacionistas só na área da saúde, mas do estado de direito e devem ser responsabilizadas, serão responsabilizadas”, destacou.

“No mundo todo, alguém que coloca na cintura artefatos para explodir pessoas é considerado terrorista”, complementou o ministro.

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