Dólar à vista cai com exterior e leilão de linha de até U$ 4 bi alivia a liquidez

No radar estão eventuais novidades das negociações sobre corte de gastos. O presidente Lula reúne-se pela manhã com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para...

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Por Agência Estado

O dólar recua no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, 13, em linha com o exterior, enquanto os juros futuros mostram viés de alta. Os investidores avaliam o crescimento de 1% do volume de serviços em setembro no País, igual ao teto das estimativas do Projeções Broadcast e maior nível histórico. Os serviços no Brasil estão 16,4% acima do nível pré-pandemia, segundo o IBGE. O dado reforça a percepção de um ciclo de aperto mais longo da Selic.

No radar estão eventuais novidades das negociações sobre corte de gastos. O presidente Lula reúne-se pela manhã com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para apresentar as diretrizes do plano de corte de gastos. Um outro encontro com o ministro da Defesa, José Múcio, às 15 horas, deve contribuir com os planos de contenção. Palestra do diretor de Política Monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, também é esperada no fim da tarde. Já nos EUA, dados de inflação ao consumidor de setembro (10h30) e falas de três dirigentes do Federal Reserve são esperados.

O banco Central realiza dois leilões de linha de até US$ 4 bilhões (venda de dólares com compromisso de recompra pelo BC), às 10h30. Esses leilões contribuem para melhorar a liquidez neste período de maior demanda sazonal para remessas de dividendos de empresas com matriz no exterior, evitando falta de recursos para atender à demanda corporativa, afirma o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho. Ajuda a suavizar o dólar ante o real, embora a indefinição sobre o pacote de corte de gastos contenha os ânimos, diz o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti.

O volume de serviços prestados subiu 1% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado de setembro veio igual ao teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta de 0,1% a 1,0%, com mediana positiva de 0,6%. Na comparação com setembro do ano anterior, houve elevação de 4,0% em setembro de 2024, – também no teto das projeções (1,8% a 4,0%) e, em 12 meses, os serviços acumulam alta de 2,3%.

No exterior, entre as moedas principais, o euro e a libra mostram ligeira recuperação ante o dólar, após perdas nas últimas três sessões em meio a expectativas de corte de juros e diante do aparente fim do Trump trade nos EUA.

A dirigente do Banco Central Europeu e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau, disse que espera ver mais cortes nas taxas de juros da zona do euro e alertou que a eleição de Donald Trump nos EUA aumenta a necessidade da zona do euro “voltar a se mobilizar”, levando em consideração possíveis tarifas protecionistas do republicano contra a Europa. Há o dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Catherine Mann afirmou que a inflação no Reino Unido “definitivamente” não foi vencida e especialmente a inflação de serviços está persistente. “Estou pronta para cortar juros em maior escala quando os riscos de inflação passarem”, acrescentou.

Às 9h36, o dólar à vista caía 0,36%, a R$ 5,7509. O dólar para dezembro ganhava 0,05%, a R$ 5,760, refletindo ajustes ante o fechamento anterior inferior ao valor à vista.

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