Dólar sobe por exterior e fiscal em meio a IBC-BR forte e de olho em Haddad e Galípolo

As preocupações com o quadro das contas públicas pioraram na sexta-feira, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometer aumento de gastos e a Fitch...

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Por Agência Estado

O dólar opera em alta nesta segunda-feira, 14, alinhado à tendência vista no exterior nesta manhã e sob cautela com o risco fiscal interno, que impulsionou a cotação à vista acima dos R$ 5,60 na sexta-feira, 11. O IBC-BR de agosto ficou acima da mediana do mercado. Em Nova York, a liquidez pode ser afetada pelo fechamento do mercado de Treasuries por um meio feriado nos EUA, onde as bolsas e o mercado de moedas funcionam normalmente.

As preocupações com o quadro das contas públicas pioraram na sexta-feira, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometer aumento de gastos e a Fitch descartar melhora nas notas do País por causa das incertezas fiscais.

No radar estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou em evento, e o diretor do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo (9h45), que deve comandar a instituição a partir de 2025, em Conferência Itaú Macro Vision.

Haddad disse que a estabilização da dívida como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) não depende apenas de sua pasta, mas também do Banco Central (BC), já que a alta dos juros eleva o custo de financiamento do País. Após defender um trabalho conjunto entre Fazenda e BC, disse que haverá “boas surpresas” nesse sentido a partir do ano que vem. No início de sua fala, o ministro afirmou que o crescimento da economia foi represado por muitos anos e que o País vive uma crise desde 2015. “Podemos mirar agora uma taxa de crescimento acima de 2,5% sem nenhum risco à economia.” Ele criticou análises que não consideram princípios de decisões jurídicas com impacto fiscal e voltou a falar de medidas para retirar do quadro fiscal riscos judiciais de cerca de R$ 1,4 trilhão.

A economia brasileira cresceu 0,23% em agosto, na comparação com julho, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de variação zero, com estimativas entre queda de 0,39% e alta de 0,50%. Na comparação com agosto de 2023, o IBC-Br cresceu 3,12%, considerando a série sem ajuste sazonal – mais do que indicava a mediana, de 2,90%, com estimativas entre 1,0% e 5,20%. O índice chegou aos 156,3 pontos, o terceiro maior da série histórica, atrás apenas de março de 2023 (158,3) e de julho de 2024 (158,4).

Lá fora, os desdobramentos do conflito no Oriente Médio são monitorados assim como promessa do governo da China de anunciar que há grande estímulo fiscal a caminho. O minério de ferro subiu 1,97% em Dalian, mas o petróleo recua por temor sobre a demanda após dados de inflação chineses abaixo das previsões dos analistas. O euro e a libra caem frente o dólar em meio a expectativas de corte de juros pelo Banco Central Europeu na quinta-feira. Na agenda americana, os destaques hoje são discursos dos dirigentes do Fed Christopher Waller (16h) e Neel Kashkari (18h).

Às 9h48, o dólar à vista subia 0,44%, a R$ 5,6399. O dólar para novembro ganhava 0,65%, a R$ 5,6525.

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