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Reprodução / Governo Federal

Força Aérea esclarece incidente ocorrido com aeronave presidencial de Lula

No último voo, como amplamente divulgado, a aeronave experimentou uma anomalia técnica após a decolagem, resultando em alta vibração em uma das turbinas. Conforme os procedimentos...

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Por Diego Cavalcante

Reprodução / Governo Federal

A respeito do incidente ocorrido com a aeronave presidencial VC-1 durante o voo que partiu da Cidade do México, venho, como Comandante da Aeronáutica, prestar os devidos esclarecimentos.

No último voo, como amplamente divulgado, a aeronave experimentou uma anomalia técnica após a decolagem, resultando em alta vibração em uma das turbinas. Conforme os procedimentos operacionais padrões previstos em Lista de Verificações, a tripulação imediatamente adotou todas as medidas de segurança recomendadas, mantendo o controle total da aeronave e da situação.

É fundamental destacar o mais elevado nível de preparo e treinamento das nossas tripulações. O efetivo do Grupo de Transporte Especial, Organização Militar com mais de 70 anos de história conduzindo os que conduzem a nação, passa por uma extensa e rigorosa seleção, que leva em conta, além do seu perfil psicossocial, sua experiência profissional e operacional. Além disso, possuem vasta experiência e são devidamente certificados pelos mais rigorosos critérios internacionais de segurança. Não obstante, são submetidos, ainda assim, a uma rígida rotina de treinamentos, incluindo simuladores de voo e reuniões constantes para troca de experiências. Por isso, após seguirem os protocolos de operação previstos e o necessário gerenciamento de combustível, mantiveram a aeronave em circuito de espera até que esta estivesse em condições de realizar o pouso em segurança.

A Força Aérea Brasileira atua em conformidade com os mais altos padrões, sendo regularmente avaliada por organismos internacionais, como a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Destaco, a propósito, que, por meio do programa de auditoria de segurança universal realizado por aquele órgão, que monitora constantemente a segurança das atividades aéreas, a FAB recebeu 100% na avaliação global, sendo o Brasil eleito, novamente, para fazer parte do Conselho da OACI, composto pelos 11 países de maior importância no transporte aéreo mundial, dentre os 193 signatários.

Nosso compromisso com a segurança de voo é inegociável e seguimos diretrizes que garantem que qualquer eventual anomalia técnica seja tratada com agilidade e precisão. Dessa forma, uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) já se encontra no México para extração e análise dos dados deste voo. Enfatizo, ainda, a excelência deste Centro e de seus profissionais, que receberam em 2024 o grau máximo de conformidade com os protocolos internacionais de investigação, em auditoria também realizada pela OACI. Apenas o Brasil e a França atingiram esse grau.

Importante ressaltar que, mesmo diante de uma situação adversa, o permanente preparo e a capacitação da tripulação, assim como o funcionamento dos sistemas da aeronave asseguraram que o pouso fosse realizado de maneira segura, sem riscos à integridade dos que estavam a bordo.

A Força Aérea Brasileira segue inabalável em sua missão constitucional, vigilante em apoio à sociedade brasileira, dentro e fora de nossas fronteiras. Para nós, o homem, a máquina e a missão são indissociáveis e, por isso, buscamos excelência nessa sinergia e repudiamos qualquer juízo de valor que enfraqueça essa tríade. Defendemos as nossas fronteiras, controlamos o nosso espaço aéreo e integramos o nosso território nacional. Garantimos, firmemente, que nossas aeronaves estão sempre em condições ideais de operação e que a segurança, a transparência e a eficiência serão sempre nossas maiores prioridades.

Tenente-Brigadeiro do Ar MARCELO KANITZ DAMASCENO
Comandante da Aeronáutica

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