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Mafalda chega aos 60 anos inspirando artistas e ativistas

A personagem mais rebelde dos quadrinhos latino-americanos chega aos 60 anos ainda provocativa. Mafalda, do cartunista argentino Quino, tornou-se inspiração para novas gerações do seu país......

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Por CGN

A personagem mais rebelde dos quadrinhos latino-americanos chega aos 60 anos ainda provocativa. Mafalda, do cartunista argentino Quino, tornou-se inspiração para novas gerações do seu país e do mundo. É como se a “criatura” tivesse ganhado vida própria, para além do seu “criador”, falecido em 2020.

Desde a posse de Javier Milei na presidência, o país vive uma onda de protestos, aumento da pobreza e restrições à liberdade de expressão. O sistema de comunicação pública foi completamente desestruturado.

“Era muito bom vê-la no corpo de uma menina rebelde e confrontando com muito humor a atitude sexista de Susanita, a ingenuidade de Felipe, a falta de jeito de Manolo”, lembra Jorgela.

Brasília (DF), 29/09/2024 – Artista plástica argentina Jorgela Argañaras. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

“Mafalda ficaria horrorizada com esse governo argentino. Imagino ela levantando bandeiras acompanhando os aposentados nas marchas, defendendo avós e mães. Imagino-a indignada com o ‘uso da palavra Liberdade’ num governo que não aceita a diferença.”

Brasília (DF), 29/09/2024 – Agustín Lecchi, secretário-geral do Sindicato de Imprensa de Buenos Aires. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

“Prova disso são os ataques aos meios comunicação e aos jornalistas, a censura aos meios públicos e o ataque aos meios comunitários, em particular ao seu financiamento”, cita Agustín.

“Não tenho dúvida que presidente Milei atacaria Mafalda e Quino como ataca a expressão popular, artística, jornalística. Recentemente, foi publicado, inclusive, um decreto contra a lei de acesso à informação pública, que afeta diretamente nosso trabalho e o direito da população.”

Brasília (DF), 29/09/2024 – Quadrinista May Solimar. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

May lembra da personagem quando produz quadrinhos que tratam do combate ao machismo e do racismo, assim como quando ilustra as  vivências de mulheres pretas, mães solo.

“A Mafalda é uma inspiração incrível. Um símbolo de ativismo. Ela atinge vários públicos e fala como todo mundo entende. Mostra a arte como forma de ligação das pessoas com lutas importante”, destaca May.

“Mafalda é sempre atual com seus questionamentos. Como educadora uso as tirinhas para ensinar meus alunos para além do idioma. Ela me ajuda a incentivá-los como seres humanos”, conta Taina.

Brasília (DF), 29/09/2024 – Taina Gonçalves, professora e guia de turismo. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

“Mafalda nunca envelhece. Em meio a crises e mudanças é fundamental que continuemos defendendo o direito de questionar, expressar nossas opiniões e buscar um mundo mais justo. Não devemos perder a capacidade de nos indignar.”

 

 

 

 

Fonte: Agência Brasil

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