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Mito ou Verdade: Mulheres Precisam Dormir Mais do Que Homens? Médico Explica

Antes de nos aprofundarmos nas diferenças entre homens e mulheres, é importante entender o papel crucial que o sono desempenha em nossas vidas. “Durante o sono,...

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Por Diego Cavalcante

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O sono é um processo essencial para a recuperação do corpo e da mente, mas você sabia que as mulheres podem precisar de mais sono do que os homens? Estudos indicam que as diferenças entre os gêneros vão além do tempo de descanso, abrangendo também a qualidade do sono e a sua influência na saúde mental e física.

O papel do sono na recuperação

Antes de nos aprofundarmos nas diferenças entre homens e mulheres, é importante entender o papel crucial que o sono desempenha em nossas vidas. “Durante o sono, nosso corpo realiza reparos celulares, consolida memórias e restaura os níveis de energia para o dia seguinte. O sono também regula hormônios essenciais, como a melatonina e o cortisol, que controlam o ritmo circadiano e o estresse.”, explica o médico especialista em saúde integrativa, Dr. Francisco Saracuza.

Diferenças no sono entre homens e mulheres

Pesquisas mostram que as mulheres, em média, dormem de 15 a 30 minutos a mais do que os homens por noite. No entanto, isso não significa que seu sono seja sempre de melhor qualidade. As mulheres tendem a sofrer mais interrupções no sono, como insônia, apneia do sono e despertares frequentes, o que leva a uma maior necessidade de descanso.

Estudos também mostram que as mulheres têm sono mais leve e passam mais tempo na fase 1 do sono, que é a fase menos profunda, em comparação com os homens, que tendem a ter um sono mais profundo e contínuo.

Uma das explicações mais amplamente aceitas para essa necessidade maior de sono nas mulheres está relacionada à complexidade cognitiva de suas atividades diárias. De acordo com um estudo da Universidade de Loughborough, na Inglaterra, as mulheres usam mais intensamente certas regiões do cérebro ao longo do dia, muitas vezes realizando múltiplas tarefas simultaneamente. Isso exige maior recuperação cerebral durante o sono.

Outro fator importante são as flutuações hormonais. O ciclo menstrual, a gravidez e a menopausa têm um impacto direto sobre a qualidade e a quantidade de sono das mulheres. As mudanças nos níveis de estrogênio e progesterona podem interferir na regulação do sono, especialmente na fase pré-menstrual, quando muitas mulheres relatam insônia e dificuldade em adormecer.

Além disso, durante a menopausa, a queda do estrogênio pode causar ondas de calor e suores noturnos, dificultando ainda mais o sono. Na gravidez, desconfortos físicos e a necessidade frequente de urinar são fatores que fragmentam o sono, aumentando ainda mais a demanda por repouso.

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Consequências da privação de sono para as mulheres

A privação de sono afeta ambos os gêneros, mas as mulheres podem ser mais suscetíveis a certos efeitos negativos. Um estudo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine mostrou que a falta de sono em mulheres está mais associada a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, do que nos homens.

Além disso, a privação de sono afeta o sistema imunológico. As mulheres podem ser mais vulneráveis a condições autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus, quando não dormem o suficiente.

Também há um impacto significativo na função cognitiva. O cérebro das mulheres, ao realizar mais tarefas complexas ao longo do dia, pode sofrer mais quando não há sono suficiente para recuperação. Isso pode resultar em dificuldades de concentração, lapsos de memória e queda na produtividade.

Melhorando a qualidade do sono nas mulheres

Para garantir que as mulheres obtenham o descanso necessário, aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

  • Criar uma rotina de sono: Manter horários regulares para dormir e acordar pode ajudar a regular o ciclo do sono.
  • Ambiente adequado: Certifique-se de que o quarto seja escuro, silencioso e em uma temperatura confortável, o que ajuda a promover um sono profundo e contínuo.
  • Gerenciamento do estresse: Práticas como meditação, yoga ou respiração profunda podem reduzir o estresse e melhorar a qualidade do sono.
  • Cuidado com a alimentação: Evitar refeições pesadas e estimulantes, como cafeína e açúcar, nas horas que antecedem o sono também contribui para uma noite mais tranquila.
  • Reposição hormonal: Para mulheres que estão na menopausa ou em fases de grandes oscilações hormonais, a reposição hormonal pode ser uma opção recomendada por médicos para melhorar o sono e aliviar sintomas como ondas de calor e suores noturnos. O acompanhamento médico é fundamental para avaliar se esse é o melhor tratamento. 
  • Exames de tireóide e outros hormônios: Desequilíbrios hormonais, como os relacionados à tireoide, podem afetar a qualidade do sono. Exames médicos regulares podem ajudar a identificar e tratar essas condições de forma eficaz.
  • Suplementos de melatonina: A melatonina é um hormônio natural que regula o sono. Em algumas situações, a suplementação de melatonina, sob orientação médica, pode ajudar a regular o ciclo circadiano.

“Isso reforça a importância de entender as necessidades individuais e buscar práticas que promovam um sono reparador. Se você está enfrentando dificuldades para dormir, é fundamental procurar orientação médica para identificar as causas subjacentes e adotar estratégias que promovam uma melhor qualidade de vida.”. Conclui o Dr. Francisco Saracuza.

Dr. Francisco Saracuza – CRM 192628 

Médico Especializado em Medicina Integrativa

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