AIE: Medidas comerciais protecionistas podem desacelerar transição para energia verde

“Próximo capítulo da industrialização depende da energia limpa e manufatura precisa de minerais críticos. E, nesse quesito, China está dominando o jogo”, disse Birol, em evento...

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Por Agência Estado

O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que medidas protecionistas adotadas por alguns países podem ter algum mérito, mas podem desacelerar a transição para energia verde.

“Próximo capítulo da industrialização depende da energia limpa e manufatura precisa de minerais críticos. E, nesse quesito, China está dominando o jogo”, disse Birol, em evento promovido pelo Conselho de Relações Exteriores (CFR, na sigla em inglês) e transmitido pela internet nesta segunda-feira, 23. O CFR é uma organização que busca compreender melhor o mundo e as escolhas de política externa que os Estados Unidos e outros países enfrentam.

Birol disse que US$ 2 trilhões serão investidos em energia verde em 2024. Desse total, nações ricas e China responderão por 85% dos investimentos e países emergentes, por apenas 15%.

Birol afirmou que as companhias de petróleo têm papel-chave em dar suporte para energia limpa. “Algumas companhias de petróleo líderes tem feito declarações positivas sobre compromissos em energia limpa”, disse Birol em resposta a uma pergunta sobre se a AIE se preocupa com a crise de liquidez em algumas nações líderes na transição para energia limpa.

Para o diretor da agência, países que são grandes produtores de petróleo e gás, com economias ligadas à exploração desses recursos naturais, precisam diversificar suas economias em relação a esse tipo de receita, diante da possibilidade de desaceleração da demanda por esses produtos. Na visão do diretor, é necessário adotar medidas adicionais para garantir que governos lidem com essa situação.

Birol citou que, mesmo com o conflito no Oriente Médio e Líbano, além da redução da oferta de petróleo pela Líbia, o preço do petróleo segue perto casa de US$ 70 o barril, “sem subir mais”, o que é uma evidência importante para que os países com economias dependentes de receitas de produtos fósseis busquem uma diversificação de suas economias.

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