Dois cozinheiros mostram o Ronin muito além do café

O universo asiático, por sinal, extravasa a escolha do nome e dá pinta desde o salão minimalista ao toque final dos pratos. O sanduíche de mortadela...

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Por Agência Estado

“Dizem que somos uma cafeteria…” É assim que a nova Ronin, aberta há menos de um mês na junção da Barra Funda com Santa Cecília, se apresenta na sua “bio” do Instagram. É que a casa, que até carrega o aposto “café” no nome (@ronincafesp), tem a bebida como coadjuvante. Mas isso não quer dizer que o café seja ruim. É que o foco está mesmo na comida, feita por Pedro Nóbrega e Vitor Ribas (ambos do Notiê – Priceless), que buscavam um lugar despretensioso e descolado, onde tivessem total liberdade para criar. Dois cozinheiros sem chef, dois samurais sem mestre, assim como um ronin (daí o nome).

O universo asiático, por sinal, extravasa a escolha do nome e dá pinta desde o salão minimalista ao toque final dos pratos. O sanduíche de mortadela sando (R$ 25), por exemplo, montado num pão de sal de fermentação natural tostado na chapa com óleo de alho, leva mortadela e queijo chapeados, picles de pepino feito na casa e a famosa maionese japonesa Kewpie.

O pão com ovo (frito ou mexido; R$ 20) e picles é finalizado com chili oil, condimento muito utilizado nas cozinhas do sudeste asiático; já o tofu toast (R$ 25), vegano, que entrega fatia de tofu chapeado, brócolis tostado e alho frito, é arrematado com molho ponzu.

Até o queijo quente (R$ 25), que combina muçarela e requeijão do Norte no recheio do brioche, ganha um quê de Ásia com o toque adocicado de um interessante toffee de alho, servido num potinho à parte.
Entre as sobremesas, o tiramisù (R$ 21) tem bolachas champanhe banhadas em café extraído a frio, cobertas com um creme de mascarpone e telhas de cacau. O banana bread (R$ 19), vegano, é servido chapeado e incrementado com toffee de coco. E o chia pudding (R$ 15), opção mais refrescante e também vegana, combina coco, capim-santo e pêssego.

Já o Oreo entrega uma sedosa ganache de chocolate branco e cumaru entre dois discos de biscoito de cacau black. A surpresa fica na hora da mordida: o centro dele esconde um tantinho de caramelo salgado, desses bem molinhos…

GRÃOS

“Não somos uma cafeteria que oferece trocentos métodos de extração, mas temos um café bom e honesto”, ressalta Pedro. Na V60, o café coado na hora (R$ 16) pode ser preparado com três tipos de grãos, todos paulistas e torrados pela Corisco Cafés: o aranãs vem de Divinolândia, tem notas de frutas vermelhas e uma “acidez brilhante”; o obatã, de São Sebastião da Grama, puxa para o caramelo e tem acidez equilibrada; e o blend de catuaí vermelho e amarelo mundo novo, também de São Sebastião da Grama, com notas de frutas amarelas e caramelo.

Há também a opção do coado do dia (R$ 10) ou as versões extraídas a frio, como o Mont Blanc, que combina cold brew, leite cremoso (pode ser de aveia) e um xarope de laranja feito na casa.

Esporadicamente – mas sempre aos domingos -, a Ronin vai deixar o seu cardápio corriqueiro de lado para promover o Rango X. Nele, Pedro e Vitor vão servir receitas que lhe derem na telha, como o oniguiri chapeado com tofu defumado, ponzu de gengibre e furikake (R$ 25); o escabeche de sardinha no pão de fermentação natural (R$ 25); e pork sando, com carne de porco desfiada, barbecue japonês e coleslaw (R$ 38), que foram servidos na estreia do evento. O próximo deve ocorrer em outubro.

Ronin Café
R. Dr. Albuquerque Lins,
253 – Barra Funda. 9h/18h.
Dom., 9h/21h; fecha 2ª e 3ª

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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