Marta Vieira da Silva: os melhores momentos da carreira da incrível brasileira

Conheça, neste artigo, como Marta se tornou a superestrela do Futebol Feminino que é hoje, seis vezes nomeada a Melhor Jogadora do Mundo pela FIFA e...

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Por Redação CGN

Nascida no interior de Alagoas, a história de Marta Vieira da Silva – ou apenas Marta, como é conhecida intimamente pelos amantes do futebol, é um ponto fora da curva, tal como a sua brilhante carreira. 

Conheça, neste artigo, como Marta se tornou a superestrela do Futebol Feminino que é hoje, seis vezes nomeada a Melhor Jogadora do Mundo pela FIFA e os melhores momentos desta carreira brilhante. Vamos lá! 

Origens humildes de uma Rainha

Apesar de ter conquistado o mundo, a Rainha do Futebol Mundial estava longe do futuro que construiria para si. Começou a jogar futebol nos terrões, nome dado aos campos de futebol que são só areia e duas traves, de Dois Riachos/AL. 

Nesta brincadeira de criança, logo foi convidada a participar nos jogos de futsal na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) do município de Ipanema/AL, localizado a quarenta quilômetros da sua cidade natal. Eram tempo difíceis, onde ela conciliava os treinos e os jogos com a “carroçagem” das feiras em que trabalhava com a família.

Neste período foi treinada por José Júlio de Freitas, também conhecido como “Tota”. Além do seu primeiro treinador, foi ele que reconheceu o grande potencial de Marta, que se destacava entre os meninos da sua idade. 

Quando a AABB decidiu tornar a competição exclusiva para meninos, Tota acionou a sua rede de contatos e conseguiu testes de captação para Marta no Rio de Janeiro, um no Fluminense e outro no Vasco. Após uma viagem totalmente sozinha à capital do estado, com apenas 14 anos de idade, a atleta passou no segundo.

Ficou três anos na base do alvinegro carioca, até ser emprestada ao Santa Cruz de Minas Gerais. Depois, voltou ao Rio e foi vendida em 2004 para o Umeå IK, time sueco onde a sua carreira profissional deslanchou.

Um pequeno parênteses

Aqui, vale abrir os olhos do leitor desavisado. O Futebol Feminino não se organiza como o Masculino. Enquanto grandes times brilham no cenário internacional masculino ou feminino, pouco têm de história no outro. 

O próprio Umeå IK, embora de pouca expressão internacional, é uma grande potência dentro do cenário Feminino. No Brasil, por exemplo, a Ferroviária disputa a série C do Brasileirão Masculino, mas todo ano está classificada para a Libertadores – e vai longe na competição.

As grandes conquistas internacionais por clubes

O currículo da maior futebolista brasileira é extensa. Foram vinte anos de vitórias, conquistando títulos após títulos. Quem estava atento, poderá ter feito fortuna. Não precisaria de muito: bastaria selecionar o time da brasileira nos melhores sites de apostas esportivas e colher os resultados. 

Conheça, também, os principais momentos desta linda história do futebol nacional.

O Cometa do Umeå IK

Foi no Umeå IK que a jogadora conquistou os seus primeiros grandes títulos. Nos anos em que formou o plantel do clube, a equipe conquistou a Liga dos Campeões de Futebol Feminino da UEFA (2004), 1x Copa da Suécia e 4x o Campeoanto Sueco de Futebol Feminino.

Teve uma passagem coletivamente vitoriosa, mas individualmente a passagem de Marta formou a principal fase da sua carreira. Foram nestes cinco anos em que esteve no clube que a jogadora conquistou o seu primeiro prêmio de Melhor Jogadora do Mundo da FIFA, em 2006. E também os outros três títulos seguintes… Quase um para cada ano no clube.

Existiu uma grande unanimidade na decisão da FIFA, onde desbancou a então campeã mundial, Birgit Prinz (três vezes Melhor Jogadora do Mundo até à chegada de Marta à Europa e segundo lugar de 2007 a 2010). Além disso, esteve ao lado de outros grandes nomes do futebol mundial, como Cristiano Ronaldo e Messi.

Muito brilho no Los Angeles Sol

Com a formação das major leagues de Futebol nos EUA (especialmente a Women’s Professional Soccer – WPS), as sete novas franquias femininas começaram a buscar grandes estrelas para os holofotes americanos. 

Enquanto David Beckham, já no declínio da sua gloriosa carreira optou por jogar no Los Angeles Galaxy.  Marta, com 23 anos e já consagrada quatro vezes campeã mundial, aceitou um contrato no Los Angeles Sol, um time recém formado. O valor da transação não foi anunciado, mas muitos estimam que o valor estava na casa dos dois milhões de dólares – principalmente se considerarmos que o Ukea IK ofereceu um contrato de U$1.500.000 por três anos da jogadora.

Na época, a maior jogadora do mundo não foi sozinha. Naimo, companheira de time, também assinou contrato com o Los Angeles Sol. As duas brilharem durante aquela temporada, que consagrou Marta artilheira do torneio e garantiu o segundo lugar na competição.

Com os poucos jogos da liga recém formada, acabou sendo emprestada ao Santos durante a temporada brasileira. Durante os três meses que formou elenco, conquistou a Copa do Brasil e a Copa Libertadores da América de 2009.

Voltando aos EUA, a atuação da jogadora naquele ano foi premiada com o sua primeira e única Bola de Ouro – mantendo-a por 5 anos seguidos no panteão do Futebol internacional.

Infelizmente, enquanto a carreira de Marta via o seu auge, o Los Angeles Sol estava em plena decadência. Ao final da temporada, o time foi desmanchado e as suas atletas vendidas no Draft do ano seguinte.

Ainda nos EUA

O contrato de 3 anos que firmou com o Los Angeles Sol fez com que Marta continuasse por mais duas temporadas jogando nos EUA. Por lá, conquistou a Liga de Futebol Feminio dos EUA pelos dois próximos times que defendeu: 2010 pelo Gold Pride e 2011 pelo Western New York Flash. 

Volta à Europa

De 2012 até ao final de 2016, Marta voltou a empilhar títulos na Europa. Primeiro pelo Tyresö FF, onde foi campeã sueca em 2012. E, infelizmente, mais uma vez a história se repetiu: o time que a campeã defendia viu-se à beira da falência.

Isso levou a atleta ao FC Rosengård, outro time sueco, onde a atleta levou o elenco ao pódio da Liga Sueca duas vezes, em 2014 e 2015, além de um amargo segundo lugar em 2016.

Mais uma vez a Melhor do Mundo

Ao voltar para os Estados Unidos em 2017, muitos davam a carreira de Marta por “encerrada”. Na época, com 31 anos, a atleta já não correspondia muito bem ao que produzia anteriormente. Ledo engano dos analistas.

Dando a volta por cima, Marta fez uma campanha exemplar, contribuindo para que o Orlando Pride conquistasse a NWSL no seu segundo ano na primeira divisão do futebol americano. Esse feito colocou Marta novamente na seleção de Melhores Jogadores da FIFA e deu o seu sexto troféu de melhor do mundo. 

As conquistas pela Seleção Brasileira

Mesmo com vitórias expressivas, como os Ouros nos Jogos PanAmericanos, o desfecho da carreira de Marta nas Olimpíadas de Paris 2024 deixam um gosto amargo para a atleta: após 20 anos de carreira, ela se despede sem conquistar uma Copa do Mundo ou um Ouro nas Olimpíadas.

Copa do Mundo

Infelizmente, apesar de todo o seu talento, Marta se despediu da Copa do Mundo Feminina sem conquistar nenhum título na Copa do Mundo de 2023. Nas finais de 2007, na China, foi quando mais se aproximou do título. Após golear os EUA com um expressivo 4×0, sucumbiu para a Alemanha na final, perdendo de 2×0. 

Medalhas de Ouro e Prata

Mesmo no auge da sua carreira, Marta também não conseguiu levar a Seleção Feminina ao auge do pódio em eventos intercontinentais, como as Olimpíadas. Em Atenas 2004 e Pequim 2008, conquistou a prata. O feito se repetiu em 2024, quase dezesseis anos depois, e em Paris 2024, Marta se aposentou da Seleção Brasileira com mais uma prata.

Nas Américas, durante os Jogos Pan Americanos, Marta conquistou dois ouros – em Santo Domingo 2003 e no Rio de Janeiro 2007.

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