Paraná mostra exemplo de integração em casos de desastres naturais no Cosud
O foco da apresentação foi a parceria e a integração de dados e de ações entre os dois órgãos para prestar o atendimento às famílias atingidas......
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Por CGN
A Secretaria do Desenvolvimento Social e Família do Paraná (Sedef) e a Defesa Civil Estadual levaram a experiência do atendimento na cheia do Rio Iguaçu em União da Vitória, em outubro de 2023, a uma reunião que aconteceu no Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) na manhã desta sexta-feira (09).
O foco da apresentação foi a parceria e a integração de dados e de ações entre os dois órgãos para prestar o atendimento às famílias atingidas pelo evento, considerado o terceiro mais catastrófico da cidade, atingindo 43 mil pessoas. O Governo do Estado socorreu os atingidos em 29 abrigos, além das acomodações em hotéis e pousadas da região.
“Ficou claro o quanto o trabalho integrado entre defesa civil e assistência social foi essencial para o rápido atendimento à população e, também, como o cruzamento de dados oriundos de diversas fontes é fundamental para a etapa da prevenção”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.
A Sedef é responsável pelo Programa Nossa Gente Paraná, que tem a participação de diversas secretarias e órgãos estaduais e municipais, e se tornou referência nacional no atendimento integral de famílias mais vulneráveis. As ações envolvem áreas da educação, saúde, regularização ou confecção de documentos, habitação, capacitações técnicas e encaminhamento para o mercado de trabalho.
O Nossa Gente Paraná conta com metodologia de avaliação própria, que é o Índice de Vulnerabilidade das Famílias (IVF), elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A partir de dados do Cadastro Único (CadÚnico), são compiladas e cruzadas informações que servem tanto para a busca ativa das famílias, quanto para avaliação dos acompanhamentos realizados.
No caso de União da Vitória, e também no planejamento de novas ações, os dados do IVF servem como base para o estudo e análise espacial para gestão de risco de desastre da Defesa Civil.
Com o cruzamento de dados é possível identificar as áreas de maior risco, pessoas em situação de vulnerabilidade, população em situação de rua, além de apresentar os locais e distâncias para que as pessoas cheguem até os abrigos. Essas informações permitem o atendimento mais preciso e priorizado, agilizando o atendimento das pessoas em maior dificuldade.
Durante a conversa com os demais estados, o coordenador da Defesa Civil, coronel Fernando Raimundo Schünig, reforçou que ações de prevenção e o trabalho conjunto entre os órgãos são essenciais para um atendimento rápido. “Já passou da hora de deixarmos de agir só nas situações de emergências, precisamos dessa união de esforços. No Paraná, esse trabalho com a Sedef é fundamental para um planejamento e para oferecermos atendimento rápido, ágil e principalmente, que chegue a quem mais precisa”, ressaltou.
O sistema da Defesa Civil também possui em sua base diversas informações voltadas ao atendimento rápido e eficiente das diversas situações de desastres, em especial as informações de locais propensos a acontecimento e estruturas voltadas ao atendimento.
AJUDA HUMANITÁRIA – O secretário Rogério Carboni e o coordenador da Defesa Civil, Fernando Raimundo Schünig, também falaram sobre a lei 21.981/2024, que instituiu a Rede Estadual de Ajuda Humanitária do Paraná, para atuar de forma célere em situações de emergência e calamidades em todo o país.
Fonte: AEN
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