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Pesquisa usa IA para tirar dúvidas sobre dermatite atópica

Um grupo de 11 professores ligados à International Society of Atopic Dermatitis (Isas), que conta com a participação de três médicas brasileiras, elaborou estudo baseado em inteligência artificial (IA) para abastecer o aplicativo......

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Por CGN

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Um grupo de 11 professores ligados à International Society of Atopic Dermatitis (Isas), que conta com a participação de três médicas brasileiras, elaborou estudo baseado em inteligência artificial (IA) para abastecer o aplicativo ChatGPT com perguntas e respostas científicas sobre dermatite atópica, voltadas para a parte social.

“Esses professores são também pesquisadores de dermatite atópica no mundo”, disse nesta quinta-feira (27) à Agência Brasil a dermatologista Ana Mósca, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista do Rio de Janeiro (SBDRJ) que participa do grupo.

Cada integrante do grupo elaborou dez perguntas e respostas para consultas de pacientes sobre a doença. O resultado do trabalho, iniciado no ano passado, foi publicado em inglês no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. “Isso foi um mérito para nós do grupo como professores e pesquisadores.”

O conteúdo do trabalho está à disposição de todos e não somente da comunidade médica e científica. As informações permitem à população em geral saber como se portar em situações relacionadas à doença.

“No Google, geralmente, o paciente não encontra acolhimento. Já no Chat GPT, fizemos perguntas muito variadas como, por exemplo, aquelas ligadas a banhos de ervas e chás”. Quem buscar informações via inteligência artificial vai encontrar respostas produzidas por especialistas de todo o mundo, disse a dermatologista.

África

O trabalho já foi publicado em inglês. Agora, o grupo de pesquisadores está fazendo versões para outros idiomas, incluindo português, japonês, russo, espanhol, francês. O grupo internacional  desenvolve várias ações sociais para ajudar pacientes carentes.

Agora, a meta é trabalhar os africanos sem assistência social, ajudando médicos a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ana Mósca trabalha no Hospital Municipal Jesus, no Rio de Janeiro, onde desenvolve ações sociais com os pacientes portadores da doença.

As outras duas pesquisadoras do Brasil são Valéria Aoki e Raquel Leão Olfali, ambas do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

“Imagina um paciente com a pele toda comprometida, que se coça demais, que não dorme à noite, que perde um terço do seu dia no ano em casa porque não consegue ir para a escola ou o trabalho. Do ponto de vista social, eles têm problemas sérios. É uma doença estigmatizante.”  Atualmente, existem medicamentos específicos para a doença. Mas são muito caros e de difícil acesso para pacientes carentes.

Dermatite atópica

Trata-se de uma doença inflamatória que é desencadeada por vários fatores ambientais e alérgicos que se manifesta com várias lesões de pele. A principal é o eczema, acompanhado de coceira, ou prurido. Normalmente, esse eczema é acompanhado de lesões secundárias.

A dermatite atópica não é contagiosa. “Entretanto, se houver infecção bacteriana pode contaminar outras pessoas pelo contato com a pele.”

O Chat GPT surge para informar de forma científica e correta dúvidas de pacientes com dermatite atópica.

Consulta pública

A partir desta sexta-feira (28), a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abre consulta pública para incorporação de novos medicamentos de alto custo para tratamento da dermatite atópica para facilitar a vida dos pacientes. A consulta estará aberta à participação popular até o dia 17 de julho próximo. 

Fonte: Agência Brasil

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