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O xis da questão é o R – por Caio Gottlieb

Trata-se da taxa de reprodução, chamada de Fator R, que mede quantas pessoas estão sendo contaminadas por cada cidadão infectado pelo novo coronavírus e que estabelece...

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Por Caio Gottlieb

Crucial para aferir a evolução das epidemias e orientar as providências das autoridades sanitárias, há um índice pouco noticiado pela imprensa, sempre mais focada em destacar o crescimento dos casos e, principalmente, dos óbitos, que pode explicar o notável desempenho do Paraná, até aqui, no combate à Covid-19.

Trata-se da taxa de reprodução, chamada de Fator R, que mede quantas pessoas estão sendo contaminadas por cada cidadão infectado pelo novo coronavírus e que estabelece como desejável o nível 1,0.

Exemplo: o índice de 1,49 que o Brasil tinha no início de maio, conforme dados do Imperial College of London, mostrava que 100 pessoas contaminadas poderiam contagiar outras 149, fazendo aumentar de forma acelerada o número de novos casos.

Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, em parceria com o setor de epidemiologia do Hospital das Clínicas de Curitiba, revelou que o Estado, no mesmo período, apresentava um índice de 0,89, projetando que 100 pessoas com o vírus estariam infectando outras 89.

Já no último dia 20, o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde indicou que o Fator R situava-se exatamente em 0,00, apontando, portanto, uma estabilidade no avanço da doença no Paraná.

Ou seja, mantendo-se esse índice abaixo de 1,0 significa que uma pessoa doente está contaminando menos do que uma outra pessoa, assegurando que o número de novos casos por dia tende a diminuir, até que o vírus se torne inativo.

Não resta a menor dúvida que a obediência da população às regras do distanciamento e do isolamento social vem sendo decisiva para o Paraná sair-se bem no enfrentamento da pandemia.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)

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