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Festival de Curitiba: Museu Paranaense será palco de cerimônia indígena do povo tukanoFoto: Divulgação/Festival de Curitiba

Festival de Curitiba: Museu Paranaense será palco de cerimônia indígena em abril

“Fizemos poucas adaptações, a cerimônia é quase a mesma que acontece na mata”, garante Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã, artista plástico, palestrante e curandeiro, responsável por conduzir......

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Por CGN

Festival de Curitiba: Museu Paranaense será palco de cerimônia indígena do povo tukanoFoto: Divulgação/Festival de Curitiba

O Museu Paranaense (Mupa) será palco da cerimônia indígena que integra a programação do Festival de Curitiba. Embora aconteça dentro da Mostra Lúcia Camargo, a performance-ritual “Ühpü” não é exatamente o que se pode chamar de teatro. Na verdade é uma cerimônia indígena, tradicional do povo tukano, transplantada diretamente do coração da floresta até o festival, com sessões nos dias 6 e 7 de abril, respectivamente às 20h30 e 19h.

“Fizemos poucas adaptações, a cerimônia é quase a mesma que acontece na mata”, garante Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã, artista plástico, palestrante e curandeiro, responsável por conduzir a liturgia.

“É uma performance que cura”, define Txana Bake Huni Kuin, assistente na condução dos trabalhos. “Em Belo Horizonte, por exemplo, muita gente veio depois falar com a gente, contar dos insights que teve. Cada pessoa tem uma percepção. Teve gente que lembrou de quando era criança, do comportamento que tinha com os pais. E teve quem lembrou de gente querida, com quem tinha questões mal resolvidas”.

A apresentação foi incubada dentro do Grupo de Pesquisas e Extensão Tabihuni, coordenado pelo professor Luiz Davi Vieira Gonçalves, da Universidade do Estado do Amazonas. “Eu sempre pensei em como aproximar a arte de cena dos indígenas, mas sem exotizar, sem folclorizar”, afirma.

Para isso, o caminho foi pensar em termos de “performance-ritual”. “Não estamos fazendo teatro. É uma experiência. Não é como decorar um texto e representar”, explica o professor. “É um encontro com a espiritualidade, com a nossa essência, o nosso eu. O primeiro passo é acreditar, se entregar.”

ARTISTA – Nascido no Amazonas, no município de São Gabriel da Cachoeira, que é considerado o mais indígena do Brasil, Bu’ú Kennedy hoje vive em São Paulo e precisou vencer resistências antes de levar as tradições de seus ancestrais para uma audiência ampla. “Quando eu comecei a fazer performance, muitos anos atrás, meu pai foi contra. Dizia que as nossas tradições não podiam ser partilhadas, principalmente com os brancos”, lembra. “Mas eu acredito muito que a arte é o caminho pra levar a nossa cultura ao público em geral”.

Para melhor aproveitar a oportunidade, é aconselhável à plateia que nas 24 horas anteriores à cerimônia não pratique atividade sexual, não consuma bebidas alcoólicas e nem alimentos fritos ou assados.

Ficha técnica:

Direção: Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã

Assistente de Direção: Txana Bake Huni Kuin

Elenco: Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã, Txana Bake Huni Kuin, Thatiane Porto, Ton Brasil, Dara Campos, Ney O Virgem, Thalita Olímpio e Luiz Davi Vieira

Coordenação de Produção Artística: Luiz Davi Vieira Gonçalves

Produção: Ana Carolina Souza

Fotos: César Nogueira e Alonso Júnior

Serviço:

“Ühpü – Performance-ritual”

Mostra Lúcia Camargo – 32º Festival de Curitiba

Datas: 6 de abril às 20h30 e 7 de abril às 19h

Local: Museu Paranaense (Rua Kellers, 289 – São Francisco)

Classificação: Livre

Duração: 50 min

Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva no ParkShoppingBarigüi – piso térreo – (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Ecoville), de segunda a sábado, das 10h às 21h, e, domingos e feriados, das 12h às 20h.

Fonte: AEN

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