AMP
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Uso do reconhecimento facial preocupa entidades

Enquanto espera pelo trem na estação, caminha pela rua ou relaxa em uma praia, você pode estar sendo vigiado por câmeras de segurança, que enviam imagens......

Publicado em

Por CGN

© Fernando Frazão/Agência Brasil

Enquanto espera pelo trem na estação, caminha pela rua ou relaxa em uma praia, você pode estar sendo vigiado por câmeras de segurança, que enviam imagens diretamente para um centro de controle policial. Lá, um programa de computador acessa o banco de dados com rostos de suspeitos de crimes e compara com as imagens das câmeras. O que parece roteiro de ficção científica, é realidade há um tempo em diferentes partes do país, onde sistemas de reconhecimento facial vêm sendo cada vez mais usados na segurança pública.

O caso mais recente foi a adesão de concessionárias do transporte público no Rio de Janeiro à tecnologia controlada pela Polícia Militar. Mais de 1.000 câmeras posicionadas em estações e vias estão agora disponíveis para o trabalho da corporação. 

Enquanto autoridades defendem a medida como eficaz para o combate à criminalidade, especialistas em direitos humanos e segurança apontam os riscos de ampliação do racismo e da privação de liberdade.

Horrara Moreira é advogada e coordenadora da campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira, que defende o “banimento total do uso das tecnologias digitais de reconhecimento facial na segurança pública no Brasil”. Ela diz que o primeiro problema a ser considerado é a ocorrência de prisões equivocadas.

Horrara Moreira, advogada e coordenadora da campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira – Foto: Arquivo Pessoal

“Há o problema da identificação, quando acontece algum erro nas informações biométricas do rosto e na comparação delas com o banco de dados. E existem os erros decorrentes dos trâmites do próprio sistema de justiça, como mandados de prisão que estão vencidos ou que já foram cumpridos”, alerta Horrara.

E se fosse possível melhorar as tecnologias disponíveis, a ponto de praticamente zerar o número de erros? Mesmo assim, Horrara afirma que não impediria um outro problema grave, a característica inerentemente racista do sistema.

“Assim como no estudo sobre o Rio de Janeiro, de um projeto piloto que aconteceu em 2019 em Copacabana e no Maracanã, quando foi verificado que a criminalidade aumentou. Segurança pública envolve medidas que são muito mais estruturais do que simplesmente adotar câmeras de reconhecimento facial”, acrescenta Thalita.

“Temos a vigilância em escala ampliada em ambientes de grande circulação de pessoas, e precisamos analisar que outras camadas de direito vão ser flexibilizadas. Não apenas o de se locomover, o de mobilidade, o direito à cidade, aos espaços onde se possa circular e não ter o risco de ser abordado erroneamente, mas também é preciso resguardar o direito à privacidade e à livre expressão nesses espaços. No Brasil, tem aumentado cada vez mais o uso dessa tecnologia sem uma reflexão dos riscos e sem relatórios de impacto dela”, afirma.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com os governos do estado do Rio de Janeiro e da Bahia, citados na matéria, para que apresentassem mais dados e informações sobre o sistema de reconhecimento facial. Mas não obteve resposta até o momento.

Fonte: Agência Brasil

Notícias Relacionadas:

PCPR envia mais 30 policiais para reforçar ações de segurança no Rio Grande do Sul
PCPR prende quatro integrantes de organização criminosa e apreende 12 quilos de cocaína
Com certificação nacional de duplas, Paraná amplia número de cães aptos para resgates
Chuvas no RS: bombeiros detalham trabalho na "tragédia de maior proporção" em que já atuaram
Polícia Civil do Paraná envia helicóptero e policiais para auxiliar o Rio Grande do Sul
PCPR, PRF e PCSC deflagram operação para prender assaltantes de ônibus
Museu Paranaense de Ciências Forenses participa pela 3ª vez da Semana Nacional dos Museus
PM do Paraná recupera caminhão roubado com doações destinadas ao Rio Grande do Sul
PCPR indicia três pessoas pelo desabamento de laje em Pontal do Paraná
Paraná amplia força-tarefa dos bombeiros no RS e prazo da campanha de arrecadação
Polícia Científica envia equipe para auxiliar nos trabalhos no Rio Grande do Sul
Polícia Penal e Justiça Eleitoral regularizam títulos de eleitor de custodiados paranaenses
Bombeiros seguem recebendo doações para vítimas do RS e renovam equipe de salvamento
Paraná envia policiais militares para auxiliar o Rio Grande do Sul com a segurança pública
Paraná envia policiais militares para auxiliar o Rio Grande do Sul na coibição de crimes
Londrina e Apucarana receberão serviços do PCPR na Comunidade a partir de quarta
Forças de segurança cumprem 27 mandados em cinco cidades contra foragidos da Justiça
Forças de salvamento do Paraná já resgataram 786 pessoas no Rio Grande do Sul
Paraná sedia pela 1ª vez Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate
PCPR prende dez pessoas em operação contra o tráfico de drogas no Sudoeste do Estado
Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile