AMP
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Familiares de vítimas de violência protestam contra IML do Rio

Mães e familiares de crianças, jovens e adultos mortos pela violência no estado do Rio de Janeiro fizeram, nesta quinta-feira (23), um protesto contra o Instituto......

Publicado em

Por CGN

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Mães e familiares de crianças, jovens e adultos mortos pela violência no estado do Rio de Janeiro fizeram, nesta quinta-feira (23), um protesto contra o Instituto Médico Legal pelo atraso na entrega e a inconclusão dos laudos cadavéricos. Eles espalharam na calçada do IML fotos das vítimas e cruzes pretas. No muro, penduraram um pano preto pedindo justiça pelas mortes violentas no estado.

Sônia Bonfim, que perdeu o marido e um filho em ações violentas, em 2021, diz que, passados dois anos, o IML ainda não lhe entregou os laudos que indicam a causa das mortes. Ela reclamou também que, quando são entregues, os laudos são inconclusivos, o que dificulta as ações com pedidos de indenização.

“O ato é para cobrar que façam o trabalho deles corretamente. Quando uma pessoa tomba e foi o Estado que cometeu o crime, eles não concluem o laudo todo”, disse, citando a falta de fotos. “O laudo do meu filho não tem foto e precisava ter, para mostrar o estado que ele chegou. No do meu marido, só tem foto da perna, que estava quebrada, mas ele tomou tiro no tórax. São coisas que magoam muito a gente. A gente fica com a perda e ainda tem que passar por isso.”

O ato teve apoio da Marcha da Periferia, um movimento que luta contra a violência racista e genocida no estado. Maristela Farias, da direção do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, que nacionalizou a marcha, afirmou que o ato faz parte da mobilização do Novembro Negro, que combate a desigualdade racial no Mês da Consciência Negra.

“Essa é uma pauta do movimento negro também. É uma pauta que nos interessa e estamos somando”, disse. “Há ausências nos laudos que comprometem muito os laudos, comprometem muito os processos, em benefício de quem mata e não de quem morre”.  

A reportagem pediu posicionamento da Secretaria de Estado de Polícia Civil sobre as reclamações feitas por mães de vítimas de violência letal, mas a instituição não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Fonte: Agência Brasil

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile