AMP
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Lançamento criminoso causou espuma no Rio Guandu, diz Inea 

A espuma que levou a Estação de Tratamento de Água do Guandu a interromper o fornecimento à região metropolitana do Rio de Janeiro teve origem em lançamento criminoso......

Publicado em

Por CGN

© Tomaz Silva/Agência Brasil

A espuma que levou a Estação de Tratamento de Água do Guandu a interromper o fornecimento à região metropolitana do Rio de Janeiro teve origem em lançamento criminoso de substância surfactante na água, disse o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Philipe Campello. O autor do crime ambiental ainda incorreu em uma dupla inconformidade, por não ter comunicado as autoridades do problema, acrescentou.

O Inea e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) concederam uma entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (27) para detalhar o problema. Segundo o diretor de saneamento e grande operação da Cedae, Daniel Okumura, tudo indica que o lançamento da substância, um tipo de detergente, foi pontual, o que deve fazer com que a água do Rio Guandu volte a ter condições de captação até o fim do dia.  A partir disso, a rede de distribuição pode levar até 72 horas para normalizar a disponibilidade de água em todos os pontos da região metropolitana.

O Sistema Guandu, do qual a estação de tratamento faz parte, é responsável por 80% do fornecimento de água da Região Metropolitana do Rio e abastece nove municípios: Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Queimados, Itaguaí  e Mesquita. A estação trata 43 mil litros de água por segundo, e atende a cerca de 11 milhões de pessoas. 

Técnicos da Cedae identificaram a espuma nos pontos de captação da estação de tratamento por volta de 4h, e a interrupção da captação aconteceu por volta de 5h30. Segundo a Cedae, a água tratada e enviada à distribuição até o momento da interrupção passou por todos os controles de qualidade e não oferece qualquer risco.

O Inea acionou a Polícia Civil, que está investigando o caso por meio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. O trabalho inclui a verificação se algum dos 72 estabelecimentos industriais e comerciais licenciados para o despejo no Guandu foi o responsável por esse lançamento. Também não foi descartada a hipótese de a substância ter sido lançada no Rio de outras formas, como de um caminhão, por exemplo. 

Para que a água contaminada pelo surfactante escoe mais rapidamente, a Cedae abriu as comportas da estação de tratamento. Até a normalização da situação, o presidente da companhia, Aguinaldo Ballon, pede que a população não desperdice água. 

Fonte: Agência Brasil

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile