AMP

Jogo digital ensina a jovens como são criados os medicamentos

Tudo começou quando o professor François Noël, do Laboratório de Farmacologia Bioquímica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-UFRJ), constatou que o jogo importado que......

Publicado em

Por CGN

Professores e alunos de diversas áreas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criaram um jogo digital, destinado à população jovem, que ensina de maneira divertida como os medicamentos são criados. O projeto foi registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) como patrimônio da universidade pelo órgão responsável pela política de inovação da instituição, o Inova UFRJ.

Tudo começou quando o professor François Noël, do Laboratório de Farmacologia Bioquímica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-UFRJ), constatou que o jogo importado que usava em sala de aula, na pós-graduação, e que abordava o tema de medicamentos, estava defasado e não cumpria funções importantes.

Procurado por Noël, o professor Geraldo Xexéo desenvolveu um jogo de tabuleiro (Screener) para pós-graduandos de farmacologia, lançado em novembro de 2021 e que pode ser acessado no site.

Docente do laboratório de Ludologia, Engenharia e Simulação (Ludes) da UFRJ, Geraldo Xexéo disse que, para surpresa dos professores, o jogo foi usado com alunos do ensino médio, embora o assunto fosse complicado para essa faixa etária. Como já queria trabalhar com divulgação científica, Xexéo decidiu fazer um jogo digital, que fosse uma versão simplificada da teoria e voltado para jovens. Assim surgiu o discoveRx, que pode ser acessado online pelo computador ou baixado no Google Play para telefones celulares com sistema Android. Há também um site dedicado ao jogo e um vídeo explicativo no You Tube.

Minijogos

O jogo, que Geraldo Xexéo, classifica como um videogame, é formado por minijogos que explicam as sete etapas que compõem a investigação para a fabricação de um remédio novo. Essas etapas do processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos incluem identificação de substâncias ativas (hits); de hits para protótipos (leads); otimização de protótipos; eleição de candidato a fármaco; e, finalmente, ensaios clínicos de fase 1, 2 e 3. Já foram lançados minijogos das três etapas iniciais. Em setembro, deverá ser lançado o minijogo referente à quarta etapa do processo.

Idealizado por professores e alunos de quatro centros de ensino da UFRJ (Centro de Tecnologia-CT, Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza-CCMN, Centro de Ciências da Saúde-CCS e Centro de Letras e Artes-CLA), o jogo foi lançado em quatro idiomas – português, inglês, espanhol e francês – para alcançar um público maior e internacional.

Os três minijogos restantes vão abranger os testes em humanos, chamados de testes clínicos. O objetivo é ver as contraindicações, efeito de cura e se funciona no mundo todo. No final de agosto, os professores e alunos da UFRJ participarão de evento no Espaço Ciência Viva, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, onde explicarão ao público interessado como o jogo pode ser baixado e como funciona todo o processo de desenvolvimento até a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que o fármaco possa ir para venda no mercado. O objetivo é mostrar o jogo também em escolas, para professores e alunos.

Fonte: Agência Brasil

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile