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© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Olimpíada terá imersão em matemática para 160 estudantes

A 8ª edição do Encontro do Hotel de Hilbert vai reunir este ano, em Natal, 160 estudantes de todo o Brasil para uma imersão no mundo......

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Por CGN

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

A 8ª edição do Encontro do Hotel de Hilbert vai reunir este ano, em Natal, 160 estudantes de todo o Brasil para uma imersão no mundo da matemática. Os participantes foram selecionados pelo desempenho acadêmico no Programa de Iniciação Científica Jr (PIC), destinado a medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O evento será entre as próximas segunda-feira (24) e quinta-feira (27). 

O primeiro Encontro do Hotel de Hilbert ocorreu em 2011, em Nova Friburgo, no estado do Rio.  O objetivo é ampliar o conhecimento científico dos participantes e prepará-los para um futuro desempenho profissional e acadêmico. Os medalhistas de escolas públicas que integram o programa recebem uma bolsa de R$ 300.

O diretor-adjunto do Impa e coordenador-geral da OBMEP, Claudio Landim, destaca que, para os alunos, vai ser uma enorme oportunidade de assistir a palestras dadas por cientistas. “Vai ser um primeiro contato com o mundo da pesquisa. Por outro lado, será a oportunidade de encontrar outros jovens que gostam de matemática e conversar sobre as perspectivas de carreira. É um grande estímulo para que desenvolvam seu talento e prossigam seus estudos na universidade”, afirma.

Isabela Besen, 14 anos, aluna do 9º ano da Escola de Educação Básica Cel Gasparino Zorzi, em Campos Novos, em Santa Catarina, é medalhista de ouro no ano passado e de bronze este ano da olimpíada. Ela conta que ficou muito animada ao saber que vai participar do Hotel de Hilbert, pois todo o esforço e dedicação às tarefas valeram a pena. “A OBMEP é muito importante na minha vida. Ela me abriu muitas portas e mostrou que sou capaz de chegar a lugares que jamais pensei que poderia [chegar]. Foi com ela que descobri que meu verdadeiro talento é a matemática”, explica.

Jhonatan Kalil, 16 anos, aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Gonçalves Dias, em Ji-Paraná, em Rondônia, é medalhista de bronze em 2019, ouro em 2021 e bronze em 2022 da olimpíada. “Antes da olimpíada, eu achava que a matemática que estudava na escola era suficiente. Depois que eu percebi que gostava mesmo de matemática, não sabia nada e comecei a estudar de verdade. Hoje, penso em cursar matemática e sei que no evento vai ter especialistas da área”, analisa.

Landim, coordenador-geral da olimpíada, conta que a iniciativa tenta detectar alunos com talento para a matemática que acabam participando do PIC. Nesse programa, eles se encontram duas vezes por mês numa universidade ou num instituto federal e ali há aulas através da resolução de problemas.

“Isso tem permitido que vários alunos que não teriam acesso à universidade cheguem ao ensino superior. Muitos são os primeiros da família a ultrapassar o ensino médio. A OBMEP tem tido enorme impacto na sociedade, pois acaba premiando o mérito e estimulando alunos talentosos a estudarem. No Impa, temos recebido muitos medalhistas da olimpíada”, diz Landim.

Em linguagem matemática, é mais ou menos assim: o hóspede do quarto N pula para o quarto N+1 e assim sucessivamente. Mais conhecido como Hotel de Hilbert, o paradoxo expõe a ideia de que, apesar de sempre lotado, sempre há vagas. 

O Encontro do Hotel de Hilbert deste ano conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sociedade Brasileira de Matemática e Itaú Social.

Fonte: Agência Brasil

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