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Evento na ABI debate papel do jornalismo na defesa da democracia

Helena Chagas, ex-ministra da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Roussef, e sócia e colunista do site Os Divergentes, seguiu raciocínio semelhante. Ela entende que......

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Por CGN

Helena Chagas, ex-ministra da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Roussef, e sócia e colunista do site Os Divergentes, seguiu raciocínio semelhante. Ela entende que o jornalismo atual teve seu papel informativo desvirtuado e o que vem predominando são os conteúdos opinativos e partidários. Esse seria um dos motivos para o crescimento das ideias extremistas.

“Nós estamos passando por uma transição que eu acho muito perigosa, porque envolve um modelo de negócios e, no fim, a opinião está sendo cada vez mais valorizada em detrimento da informação pura e simples. É um jornalismo diferente, é um modelo de negócios diferente, e eu não sei se a gente vai conseguir resgatar aquele jornalismo que nós aprendemos a fazer”, disse Helena Chagas. “O principal é que a maioria dos veículos se volte para a consolidação democrática. A comunicação tem um papel muito importante para combater o golpismo, garantir a democracia e as eleições”.

O jornalista e escritor Fernando Molica, que trabalhou em empresas como a Folha de São Paulo, Globo e CNN, reforçou o impacto que as redes sociais e a segmentação de conteúdos feita por algoritmos teve no processo de radicalização política do país.

“Se a pessoa é alinhada ao Trump e à extrema-direita norte-americana, por exemplo, só vai receber notícias sobre o assunto. Isso, com o tempo, vai gerando uma dificuldade de diálogo que é muito complicada. Porque a imprensa sempre teve essa possibilidade de diálogo. Havia uma discussão e a imprensa participava mais ativamente nesse processo de mediação dos eventos”, disse Molica. “Precisamos pensar em como recriar o papel da imprensa, do jornalismo, como mediador da sociedade. Não é um papel neutro, isento. Isso não existe. O que existe é uma honestidade em relação aos fatos. E esse papel de mediação nós estamos perdendo”.

“A pluralidade é fundamental para o jornalismo, é inerente ao bom jornalismo. Todos os lados devem ser ouvidos, a pluralidade tem que se manifestar e o jornalismo tem essa obrigação de refletir a diversidade da sociedade brasileira”, disse Doyle. “Todo debate é positivo. É preciso que a gente entenda melhor o surgimento das redes sociais e das mídias digitais, para trabalhar com essa nova realidade. Então, o debate é fundamental”.

Fonte: Agência Brasil

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