Índice de preços de alimentos da FAO cai pelo 10º mês consecutivo em janeiro

O índice já caiu 28,6 pontos (17,9%) em relação ao pico atingido em março de 2022. Conforme a FAO explicou em seu relatório, a queda se...

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Por Agência Estado

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 131,2 pontos em janeiro, queda de 1,1 pontos (0,8%), em relação ao mês anterior. O resultado mensal, segundo a FAO, faz parte de uma sequência de baixa de dez meses consecutivos.

O índice já caiu 28,6 pontos (17,9%) em relação ao pico atingido em março de 2022. Conforme a FAO explicou em seu relatório, a queda se em virtude dos menores preços de óleos vegetais, laticínios e açúcar, apesar de os índices de cereais e carne terem se mantido praticamente estáveis.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 147,4 pontos em janeiro, apenas 0,1 pontos acima de dezembro e 6,7 pontos (4,8%) maior do que seu nível há um ano. De acordo com a organização, entre os principais cereais, os preços mundiais do arroz e do milho subiram, enquanto os da cevada e do trigo registraram queda.

Os preços do milho aumentaram por causa da “forte demanda por exportações do Brasil e preocupações com as condições de seca na Argentina, compensando uma tendência de queda nos preços de exportação dos EUA em meio a vendas lentas”, justificou a FAO. Quanto ao trigo, os preços caíram pelo terceiro mês consecutivo em virtude de uma maior oferta global.

O levantamento mensal da FAO também apontou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 140,4 pontos em dezembro, caindo 4,2 pontos (ou 2,9%) em relação a dezembro e ficando quase 25% abaixo do nível do ano anterior, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2021. Segundo a FAO, a queda refletiu os preços mundiais mais baixos dos óleos de palma, soja, girassol e canola.

Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 113,6 pontos em janeiro, queda de 0,1 pontos (0,1%) em relação a dezembro, sendo este seu sétimo declínio mensal consecutivo, mas ainda ficou 1,5 pontos (1,3%) acima do nível do ano anterior. Conforme a FAO, o principal motivo foi os preços mais baixos das carnes de aves – mesmo com os abates relacionados aos surtos de gripe aviária -, bovina e suína, apesar do aumento da carne ovina.

O subíndice de preços de Laticínios, por sua vez, registrou média de 136,2 pontos em janeiro, 2 pontos (1,4%) abaixo de dezembro, seu menor nível em 12 meses. A queda em janeiro refletiu a queda nos preços internacionais da manteiga e do leite em pó. Em contrapartida, os preços mundiais do queijo aumentaram ligeiramente, impulsionados por uma recuperação nos serviços de alimentação e vendas no varejo na Europa Ocidental, após os feriados de ano novo e movimentos cambiais.

A FAO calculou, ainda, que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 115,8 pontos em janeiro, baixa de 1,3 pontos (1,1%) em relação a dezembro – marcando o primeiro declínio após fortes aumentos registrados nos dois meses anteriores.

“A queda nas cotações internacionais do açúcar em janeiro foi desencadeada principalmente pelo bom andamento da safra na Tailândia e condições climáticas favoráveis que beneficiaram o desenvolvimento da safra de cana-de-açúcar nas principais áreas de cultivo do Brasil”, apontou a entidade.

Em contrapartida, as preocupações com o menor rendimento das safras na Índia, o aumento da gasolina no Brasil e a valorização do dólar frente ao dólar dos EUA limitaram as perdas.

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